Carvão é o combustível fóssil mais prejudicial ao meio ambiente. Atualmente, é responsável pela geração de 37% da eletricidade no mundo.
Por G1
O presidente da 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP26), Alok Sharma, disse nesta quinta-feira (4) que 77 países assinaram um acordo de transição do carvão para energias limpas.
Atualmente, o carvão é responsável pela geração de 37% da eletricidade no mundo. Seu uso é apontado como a principal fonte dos gases de efeito estufa.
Sharma disse que já vislumbra o fim do uso do carvão como fonte de energia para a humanidade, mas ressaltou que é preciso que todos trabalhem juntos para atingir esse objetivo.
A previsão é eliminar o uso do carvão nas economias mais ricas em 2030 e, em 2040, nas mais pobres.
Os principais países consumidores de carvão, incluindo Polônia, Vietnã e Chile, estão entre os que assumiram o compromisso. China e Estados Unidos, os dois principais poluidores do mundo, ficaram de fora, por enquanto.
Dezenas de organizações também assinaram a promessa, com vários bancos importantes concordando em parar de financiar a indústria do carvão.
Combustíveis fósseis
Também nesta quinta-feira, Estados Unidos, Canadá e 18 outros países se comprometeram a interromper o financiamento público de projetos de combustíveis fósseis até o final de 2022 e direcionar seus gastos para energia limpa.
Ao cobrir todos os combustíveis fósseis, incluindo petróleo e gás, o acordo vai além da promessa feita pelos países do G20 neste ano de suspender o financiamento externo apenas para carvão.
Os ativistas chamaram o compromisso de um passo “histórico” para fechar as torneiras de financiamento para projetos de combustíveis fósseis. Mas não incluiu os principais países asiáticos responsáveis pela maior parte desse financiamento no exterior.
Os 20 países que assinaram o compromisso incluem Dinamarca, Itália, Finlândia, Costa Rica, Etiópia, Gâmbia, Nova Zelândia e Ilhas Marshall, além de cinco instituições de desenvolvimento, incluindo o Banco Europeu de Investimento e o Banco de Desenvolvimento da África Oriental.
“Está chegando o momento em que estamos devolvendo o carvão aos livros de história”, disse Alok Sharma, presidente da COP26.
“Precisamos colocar o financiamento público do lado certo da história”, disse, por sua vez, o secretário de Estado de Negócios do Reino Unido, Greg Hands.
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Fonte: https://g1.globo.com/meio-ambiente/cop-26/noticia/2021/11/04/cop26-paises.ghtml
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