
A Dow Química comprou a empresa em 2001 e ficou com seu passivo ambiental, mas resolveu negar sua responsabilidade pelo cenário de desolação e doença que ainda resta. Chegou a dizer que o desastre havia resultado de um ataque terrorista indiano, uma suposição insustentável. E nunca aceitou que um julgamento fosse realizado em solo indiano.
Mais de 500 mil pessoas foram expostas ao ar contaminado por 42 toneladas de isocianato de metila. Respirá-lo produz uma morte lenta e aterrorizante.
A nuvem venenosa se espalhou pelas favelas próximas, entrou por portas e janelas e espalhou terror, pânico e três décadas de sofrimento. Cerca de 25 mil pessoas morreram no total, muitas ainda dentro de suas casas. Dezenas de milhares de sobreviventes padecem hoje de problemas de saúde como diabetes, dores nas juntas e queixas de dor, respiratórias, renais e cardíacas, além de danos à visão. E também até hoje, crianças têm problemas físicos e de aprendizado.
“Há uma vasta prevalência de anemia, menstruação retardada em adolescentes e condições dolorosas de pele. Mas o que é mais pronunciado é o número de pessoas com defeitos de nascença“, diz Satinath Sarangi, da organização Bophal Medical Appeal, e diretor de uma clínica voltada ao tratamento das vítimas. “Crianças nascem com membros retorcidos, danos cerebrais, desordens musculares e esqueletais. É o que vemos em uma de cada quatro ou cinco casas por aqui”, relatou ele à Reuters.
Fonte: http://planetasustentavel.abril.com.br/blog/planeta-urgente/a-tragedia-de-bophal-30-anos-depois/?utm_source=redesabril_psustentavel&utm_medium=facebook&utm_campaign=redesabril_psustentavel_planetaurgente
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