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Tubarões e arraias conquistam proteção sob a CITES

Tubarões e arraias conquistam proteção sob a CITES

Delegados presentes ao 16º encontro da Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Fauna e da Flora Silvestres Ameaçadas de Extinção (CITES) aprovaram nesta segunda-feira (11) que várias espécies de tubarões e a arraia manta passarão a ter o comércio regulamentado. Os países terão 18 meses para cumprir as restrições.

A votação, aprovada por dois terços dos delegados – enfrentando a oposição de japoneses e chineses -, ainda precisa ser ratificada pela plenária da convenção, que termina dia 14. Porém, conservacionistas comemoram a decisão que protege os tubarões galha-branca oceânico, o porbeagle e três espécies de tubarão-martelo.

“Estamos felizes com esse primeiro round favorável de votações mas desapontados com o pouco empenho diplomático do Brasil para assegurar uma margem mais segura a favor dos tubarões e raias-manta, tanto que países como Namíbia e Moçambique, onde temos investimentos e cooperação pesados, falaram e votaram contra”, alertou José Truda Palazzo Jr, da ONG Divers for Sharks.

“Estamos esperando que o Itamaraty ao menos se agilize nas capitais desses países para evitar que o tema seja reaberto a discussão na ultima Plenaria da CoP16, na quinta-feira, com o risco de que as votações sejam revertidas”, convoucou Truda (escreva para o Itamaraty pedindo atenção ao tema).

As populações mundiais de tubarões e arraias têm sofrido muita pressão nas últimas décadas devido ao crescente uso, respectivamente, das suas barbatanas e guelras na medicina tradicional chinesa. A sopa de barbatanas é uma iguaria muito usada por asiáticos para definição de status social (Veja o vídeo gravado pela Divers For Sharks mostrando o comércio de barbatanas em Bancoc).

“Apesar da adoção pela CITES ser muito benvinda, é um indício muito triste de que as populações [de tubarões] tenham caído para níveis tão baixos que tais medidas se tornaram uma necessidade”, comentou Glenn Sant, líder do programa marinho da ONG Traffic em entrevista ao The New York Times.

Um estudo publicado na semana passada no período Marine Policy estimou que a pesca está retirando dos oceanos entre 6,4% e 7,9% da população total de tubarões a cada ano. Porém, a taxa de crescimento populacional desses animais é apenas de cerca de 4,9%.

Além dos tubarões e arraias, os peixes-serra e 43 espécies de tartarugas e cágados também receberam a aprovação da CITES.

“Mais da metade das tartarugas de água doce estão ameaçadas de extinção, e ainda assim continuam a ser comercializadas, insustentavelmente, para alimentação, como bichos de estimação e para medicinas tracionais. Hoje, avançamos significativamente para iniciar a gestão desse comércio”, comemorou Bryan Arroyo, chefe da delegação norte-americana na CITES ao Mongabay.

Fonte: Instituto CarbonoBrasil

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