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Eventos climáticos forçaram a migração de 32 milhões em 2012

Eventos climáticos forçaram a migração de 32 milhões em 2012

Mudar de casa ou de cidade pode representar muitas boas oportunidades em nossa vida quando essa mudança é desejada e planejada cuidadosamente, mas para as milhões de pessoas que são obrigadas a abandonar seus lares e municípios por conta de eventos climáticos, essa mudança é geralmente acompanhada pela falta de perspectivas futuras. E, segundo um novo relatório do Centro de Monitoramento de Deslocamentos Internos (IDMC), com o aumento na frequência de eventos climáticos extremos, o risco de deslocamentos só tende a aumentar.

O documento sugere que, no último ano, cerca de 32,4 milhões de pessoas em todo o mundo foram forçadas a deixarem suas casas e cidades devido a desastres naturais como enchentes, tempestades e terremotos, 98% relacionados ao clima. Do total de deslocamentos, 98% ocorreram em países em desenvolvimento da África e da Ásia.

“Trinta e dois milhões de pessoas… esse é o custo das mudanças climáticas. O impacto das mudanças climáticas não é pequeno. É isso que esses números dizem”, colocou Gordon McBean, diretor de pesquisa do Centro para Meio Ambiente e Sustentabilidade da Universidade Western Ontario, no Canadá, ao jornal Toronto Star.

Segundo o estudo, o número é quase o dobro do que o de 2011, quando a marca de migrantes atingiu 16,4 milhões de pessoas. Ao todo, nos últimos cinco anos (2008 a 2012), quase 144 milhões de pessoas tiveram que ser deslocadas devido a desastres naturais, algo que corresponde a mais de 70% da população brasileira.

O relatório indica que o país onde ocorreram mais deslocamentos em 2012 foi a Índia, que, devido a dois períodos de monções, atingiram 8,9 milhões de pessoas. Em segundo lugar ficou a Nigéria, onde enchentes forçaram seis milhões de pessoas a saírem de suas casas.

Em seguida aparecem China, Filipinas e Paquistão. Na contagem feita nos últimos cinco anos, os países permanecem os mesmos, só trocando a ordem: China, Índia, Paquistão, Filipinas e Nigéria. No ano passado, ocorreu o deslocamento de 35 mil pessoas no Brasil, e na classificação dos últimos cinco anos o país aparece em 15º, com quase 1,5 milhão de deslocamentos.

E embora mais pessoas estejam sobrevivendo aos desastres climáticos, mais estão sendo deslocadas, afirma o relatório. Isso porque além do aumento da frequência dos eventos climáticos extremos devido ao aquecimento global, o maior aumento da população está ocorrendo justamente em países onde esses deslocamentos costumam acontecer com mais frequência.

“A população mundial não está apenas aumentando, mas está cada vez mais atravessando o caminho do clima”, explicou Warren Mabbee, diretor do Instituto para Energia e Política Ambiental da Universidade Queen, no Canadá, ao Toronto Star.

O documento sugere que é papel dos governos se prevenirem e se prepararem para os deslocamentos necessários, através da quantificação do risco de desastres e do desenvolvimento de migrações voluntárias e planejadas, que sejam o menos prejudiciais possíveis.

Mabbee acrescenta que é preciso procurar novas formas para solucionar o problema, em vez de depender tanto das Nações Unidas para isso. “Precisamos explorar outras formas de prestar ajuda. Talvez ajudar com programas de conhecimento, para que sejamos mais fortes e resilientes. É um problema mundial”, observou o diretor.

Nesta segunda-feira, o economista britânico Nicholas Stern, ex-diretor de economia do Banco Mundial e autor do conhecido Relatório Stern, sobre as consequências do aquecimento global, alertou que a probabilidade é cada vez maior de que muitas pessoas tenham que migrar das suas terras natais em um futuro próximo como consequência do aumento das temperaturas.

“Bilhões de pessoas serão forçadas a deixar suas casas, pois seus cultivos e animais terão perecido. Porém, o problema virá quando tentarem migrar para novas terras. Isso os levará a conflitos armados com pess

(Instituto CarbonoBrasil)

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