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Antes de se falar em sustentabilidade é preciso ser sustentável

Antes de se falar em sustentabilidade é preciso ser sustentável

Com essa pergunta, Christina Carvalho Pinto, presidente do Grupo FullJazz e do Mercado Ético, deu início a uma das apresentações mais marcantes do Sustainable Brands 2013, evento realizado nos dias 8 e 9, no Rio de Janeiro. Ela participou da sessão temática Como avaliar Marcas Sustentáveis. “Acreditamos (profissionais de comunicação) em mostrar marcas em encantamento com o meio ambiente. Mas a verdade é que a comunicação deve ser o fim de um processo muito maior”, afirma ela que é grande defensora de uma publicidade mais consciente. “Comunicação é a pele. É preciso saber o que há por baixo dela. Será que temos o direito de esconder as entranhas de um ser doente?”, provoca.

Para Christina, é preciso sempre se perguntar o que há nos produtos. Mas é importante que esse processo, enfatiza ela, seja feito sem julgamentos. “Temos que ajudar o organismo a se tornar mais saudável, para só então trabalharmos sua divulgação”, defende. “Hoje, no mundo da propaganda, embora se fale muito em fidelização, sabemos que o que importa mesmo é a sedução do consumidor. Isso não garante continuidade. É somente o domínio do ego. A marca quer você. E você é um objeto”, explica.

Christina também aponta as péssimas qualidades nos relacionamentos entre empresas e seus funcionário. Segundo a presidente da FullJazz, hoje o mundo corporativo vive um momento de esquizofrenia. Há uma ambiguidade entre o que as pessoas querem e acreditam e no que fazem devido às pressões do mercado por resultados financeiros.

O que ela disse é simples e direto: é preciso ter responsabilidade ao vender uma ideia. Se determinado produto ou serviço não é saudável, contamina o ambiente durante seu ciclo de vida, compromete os recursos naturais ou incentiva um estilo de vida que não se alinha a um equilíbrio socioambiental, então ele não deve ser vendido como algo sustentável. Quando essa regrinha não é seguida, o que ocorre é o greenwashing ou a maquiagem verde, processo em que, por meios propagandísticos, atribui-se qualidades a produtos e serviços que eles de fato não têm.

Porém, Christina acredita no poder da mídia para reconstruir e resgatar valores, autoestima e a criatividade. “Sustentabilidade é um sentimento que vem de uma profunda apreciação pela vida. As marcas sustentáveis devem contribuir para o retorno à inteireza do ser humano, de sua ligação com a mãe Gaia”, conclui ela.

(Mercado Ético)

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