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Empresas que possuem em seu mix energético a participação comprovada de eletricidade fotovoltaica poderão ostentar a certificação, que promete estimular projetos solares no Brasil ao oferecer reconhecimento a quem investe nesta fonte limpa

Selo é lançado para incentivar uso de energia solar

A contribuição da energia fotovoltaica na matriz energética brasileira é atualmente insignificante, não chegando a atingir 1%. É para tentar mudar essa situação e aproveitar todo o potencial do Brasil para esse tipo de geração que foi lançado nesta terça-feira (24), durante o Seminário Energia + Mais Limpa, oSelo Solar, uma certificação que visa reconhecer as empresas que investem em eletricidade fotovoltaica.

Fruto de uma parceria entre a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) com oInstituto para o Desenvolvimento de Energias Alternativas na América Latina (Ideal) e com o apoio da Agência de Cooperação e Desenvolvimento da Alemanha (GIZ), o selo identificará as companhias que possuírem em seu mix energético uma certa porcentagem de energia solar.

“Estamos assistindo ao nascimento da onda solar no Brasil. Assim como vimos no passado recente um grande boom eólico, acredito que nos próximos anos vamos ficar muito surpresos com o crescimento da utilização da energia fotovoltaica”, afirmou Alexandre Zucarato, gerente de inteligência de mercado da CCEE, citando ainda a recente aprovação pela ANEEL de regras para geração em unidades consumidoras.

Podem conseguir o selo consumidores livres ou autoprodutores de energia que cumpram requisitos que incluem: documentação que comprove a compra de eletricidade fotovoltaica, como contratos registrados na CCEE, e o compromisso de manter esse acordo por pelo menos cinco anos. Mais detalhes sobre as regras serão publicados nesta quinta-feira (26) no site do Selo Solar.

Com relação à participação mínima necessária no mix energético da empresa, as porcentagens podem variar de 50 MWh ao ano para companhias no subgrupo tarifário A4, a até 1000 MWh ao ano para as que mais consomem energia e estão no subgrupo tarifário A1.

“O papel da CCEE será justamente garantir que as empresas certificadas realmente cumpram os pré-requisitos. O Selo Solar será uma ferramenta transparente e eficaz para reconhecer os que ajudam no desenvolvimento das fontes limpas no Brasil”, reforçou Zucarato.

Criação

A ideia do selo surgiu da experiência alemã com o GrünerStromLabel (Selo de Energia Verde), que foi criado em 1998 e hoje certifica mais de 120 produtos que foram resultado do uso de energias limpas.

A esperança que os desenvolvedores do Selo Solar têm é que, assim como ocorreu com na Alemanha, o diferencial no mercado por portar a certificação garanta o interesse das empresas em investir em energia solar.

“Realizamos pesquisas com consumidores e empresas e a grande maioria das pessoas confirmou que a presença do selo contribui positivamente para a imagem e prestígio de uma companhia”, explicou Paula Scheidt, gerente de projetos da GIZ.

De acordo com uma dessas pesquisas, realizada com executivos de grandes empresas brasileiras, 88% dos entrevistados afirmaram que o selo comunica algo importante e valioso para os consumidores e outros 80% acreditam que as pessoas prestam atenção a esse tipo de informação ao escolherem um produto.

Mais surpreendente foi o dado de que 33% dos executivos aceitariam pagar até 10% a mais pela energia se tivessem garantias que ela é procedente de fontes limpas. Acima disso, 12% pagariam até 15%, 14% até 20% e 8% até 30% e 2% até 50%.

O preço da energia solar gira atualmente em torno de R$ 500,00 megawatts hora, enquanto empresas de grande porte pagam cerca de R$ 120,00 pela energia convencional. Porém, existem projeções de que nos próximos cinco anos a energia solar esteja sendo negociada em R$ 170,00.

Para Paula Scheidt, como a fatia do mix energético que necessariamente precisa ser solar dentro de cada empresa é pequena, o fator preço não será um obstáculo tão grande.

“Bastam um ou dois projetos de telhados solares em alguma das instalações das empresas para que elas alcancem o mínimo requerido pelo Selo. Não queríamos exigir demais nesse começo, para justamente atrair o interesse dos primeiros candidatos. Mais para frente, com a popularização e queda do custo da energia solar, poderemos rever as regras para torná-las mais rigorosas”, disse a gerente.

Ainda segundo Paula, as empresas estão cada vez mais preocupadas em atrair um novo tipo de consumidor que está se formando no Brasil.

“As empresas percebem a importância de agradar consumidores mais conscientes, que se preocupam com questões como mudanças climáticas e com a construção de grandes hidrelétricas. Essas pessoas são uma porcentagem considerável do mercado e tendem a ficar ainda mais numerosas no futuro”, concluiu.

Fonte: Instituto Carbono Brasil

Empresas que possuem em seu mix energético a participação comprovada de eletricidade fotovoltaica poderão ostentar a certificação, que promete estimular projetos solares no Brasil ao oferecer reconhecimento a quem investe nesta fonte limpa
Empresas que possuem em seu mix energético a participação comprovada de eletricidade fotovoltaica poderão ostentar a certificação, que promete estimular projetos solares no Brasil ao oferecer reconhecimento a quem investe nesta fonte limpa

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