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Gado some do Sertão Em meio a uma boa notícia - a descoberta de um poço no Pajeú com uma vazão de 20 mil litros por hora, dada ontem pelo secretário Ranilson Ramos (Agricultura) – um fenômeno vem tirando o sono do Governo: a redução do rebanho bovino no semiárido. Os pecuaristas da região atingida estão se desfazendo dos animais numa velocidade impressionante. Nos últimos quatro meses, 725 mil animais já deixaram as propriedades de origem para venda ou abate precoce. Na prática, um aumento de 112% comparado ao mesmo período do ano passado, que registrou 315 mil GTAS – guias de trânsito de animais. Magro e abatido, o gado está sendo vendido a preço de banana. Em Itacuruba, um lote de 20 reses foi negociado por R$ 2 mil por um comprador do Maranhão. Na prática, o animal está saindo por R$ 100, quando o preço real é de R$ 900. O mais preocupante é que a linha de crédito para financiamento de ração, prometida pela presidente Dilma na reunião dos governadores em Sergipe, há 20 dias, embaralhou na burocracia. E quando sair grande parte dos criadores não poderá ser contemplado, porque há registros de inadimplência bancária. Sendo assim, não há outra saída que não a de se desfazer do rebanho para evitar a morte na caatinga por falta de pasto.

Pesquisa confirma que aumento de C02 inicia aquecimento

Caiu um dos últimos bastiões dos que argumentam que a queima de combustíveis fósseis não aquece a Terra.

O problema, diziam os céticos, é que o CO2 liberado por essa queima não parecia ser o causador de mais calor no planeta em épocas geológicas anteriores. A ordem parecia ser inversa: primeiro a Terra esquentava e só depois a atmosfera recebia mais CO2.

“A aparente contradição tem a ver com a maneira como a neve se deposita”, afirma o paleoclimatólogo Cristiano Chiessi, da USP.

Explica-se: os principais registros sobre o clima do passado vêm de cilindros de gelo obtidos na Antártida. Em lugares de neves eternas, essa “biblioteca” gelada alcança centenas de milênios.

A composição do gelo dá pistas sobre a temperatura na época em que a neve caiu, enquanto bolhas de ar presas na massa gelada indicam quanto CO2 havia no ar.

“O problema é que essas coisas acontecem em ritmo diferente. Quando a neve cai, ela fica muito tempo permeável ao ar acima dela. Demora para as bolhas se formarem”, diz Chiessi.

Resultado: os modelos indicavam que o ar preso nas bolhas sempre é mais “novo” que o gelo ao lado. Assim, não dava para saber qual tinha sido a ordem dos acontecimentos, num verdadeiro problema de ovo e galinha.

Um artigo na revista “Nature” do mês passado, assinado por Jeremy Shakun, da Universidade Harvard, contornou isso unindo os dados da Antártida a outros registros pelo mundo. A pesquisa mostra que, no fim da última era glacial, a ordem foi mesmo mais CO2 primeiro e temperatura aumentada depois.

Detalhe importante: em cem anos, os níveis de CO2 atmosféricos aumentaram na mesma proporção que todo o incremento em 10 mil anos no fim da última fase glacial.

O que uma mudança dessas pode causar além de mais calor? Uma pista está num estudo coordenado por Maria Assunção da Silva Dias, também da USP, que viu um aumento de um terço na chuva da Grande São Paulo em menos de um século.

Boa parte disso tem a ver com fatores naturais e com o excesso de prédios da metrópole. “Mas a mudança lembra um ensaio do que se espera que venha no futuro, com mais eventos extremos”, diz Silva Dias -como tempestades na estação seca, antes inexistentes, e mais temporais como um todo.

Fonte: Folha.com

Pesquisa confirma que aumento de C02 inicia aquecimento
Pesquisa confirma que aumento de C02 inicia aquecimento

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