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Europa deve votar em março corte de 40% nas emissões para 2030

Está agendada para o dia 9 do março a reunião da União Europeia (UE) que pode decidir pelo corte de 40% das emissões de gases do efeito estufa em 2030, com relação ao nível de 1990. A simples inclusão da votação no cronograma do bloco foi comemorada pelos ministros do Meio Ambiente e por grupos de parlamentares que defendem ainda o aumento da meta para 2020 de 20% para 30%.

A presidência da UE, que está sendo ocupada pela Dinamarca, afirmou que deseja que todas as opções que possam contribuir para o sucesso dos objetivos do “Roteiro da Economia de Baixo Carbono 2050” (Low-Carbon Economy Roadmap to 2050) sejam consideradas e avaliadas o mais breve possível. O roteiro determina um corte entre 80% e 95% das emissões até 2050.

“Se vamos discutir as metas para 2030, claro que devemos levar em conta as de 2020. Também é fundamental que objetivos em energias renováveis e eficiência energética sejam revistos. Assim, poderemos fornecer as garantias de longo prazo que as empresas precisam para fazer os investimentos necessários nesses setores”, afirmou Bas Eickhout, parlamentar europeu do partido holandês GreenLeft, ao EurActiv.

Porém, o aumento da meta de redução de 20% para 30% até 2020 ainda enfrenta muitos obstáculos, mesmo com os novos dados da Comissão Europeia demostrando que é mais barato do que se pensa adotar o objetivo mais ambicioso.

O Comitê de Meio Ambiente do Parlamento Europeu não conseguiu aprovar o aumento da meta de 2020, que foi barrada por políticos de centro-direita. Eles argumentam que a UE não deve se comprometer com objetivos maiores sem que uma medida equivalente seja realizada por outros países. Socialistas, Liberais e Verdes defendiam uma iniciativa unilateral europeia.

“É frustrante ver que os conservadores insistem em manter suas cabeças enterradas na areia em relação às políticas climáticas. Está claro que a meta de 20% para 2020 está completamente obsoleta”, disse Eickhout.

No entanto, o Comitê aprovou a adoção do objetivo de 40% para 2030, assim como as demais metas do Roteiro 2050; 60% para 2040 e 80% para 2050.

EU ETS

Também foi aprovada pelo Comitê de Meio Ambiente a retirada de permissões em excesso do Esquema Europeu de Comércio de Emissões (EU ETS), uma medida que visa aumentar o preço do carbono no mercado.

A crise econômica que assola o continente reduziu a produção industrial e como consequência as empresas não precisam mais de tantos créditos. Sem demanda, o preço do carbono entrou em colapso, chegando a ser negociado em apenas €6.

A conclusão do Comitê afirma que “um preço robusto para as permissões na terceira fase do EU ETS é necessário para incentivar os investimentos em novas tecnologias e energias.”

“É bom ver que o Parlamento finalmente reconheceu que a crise comprometeu a eficiência do EU ETS. Melhor ainda é ver que estão realmente propondo algumas soluções”, destacou em nota Rémi Gruet, conselheiro climático da Associação Eólica Europeia (EWEA).

No próximo dia 28, será a vez do Comitê de Indústria, Pesquisa e Energia votar a retirada de permissões.

Fonte: Mercado Ético

 


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