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Do Brasil ao Paquistão, dos Estados Unidos ao Japão, mais de mil eventos marcaram o dia cinco de maio como um momento de reflexão e de divulgação da relação entre fenômenos climáticos extremos e o aquecimento global

Dia dos Impactos Climáticos mobiliza mais de 100 países

O aumento da frequência de eventos climáticos extremos, somado aos anos de descaso do poder público com a ocupação irregular de encostas e beira de rios, resultaram na morte de 900 pessoas no Brasil no ano passado, segundo dados do Escritório das Nações Unidas para a Redução de Riscos de Desastres (UNISDR).

Por sua vez, nos Estados Unidos, ocorreram 12 eventos climáticos extremos que causaram prejuízos de US$ 1 bilhão cada, e em muitos estados os meses de janeiro a outubro foram os mais úmidos da história. No Japão foram registrados recordes de precipitação, e na China, o rio Yangtze sofreu uma seca jamais vista.

Em 2010, a Rússia teve o verão mais quente em séculos, e a Austrália e o Paquistão tiveram recordes nos índices de chuva, e em 2003, a Europa teve seu verão mais quente em pelo menos 500 anos.

Diante de tudo isso, a ONG 350.org propôs a campanha “Ligando os Pontos”, com o objetivo de deixar clara a relação entre os impactos de eventos climáticos extremos e a crise do aquecimento global.

Assim, neste cinco de maio, mais de 1000 eventos em 100 países foram realizados para criar a conscientização de que as mudanças climáticas já são uma realidade e afetam nosso cotidiano.

“Em todos os cantos do planeta, as pessoas estão fazendo seu melhor para Ligar os Pontos das mudanças climáticas. E seu melhor tem sido bastante surpreendente: temos fotos do fundo do mar e do alto de geleiras, do meio de grandes cidades que estão lutando contra o aumento do nível dos oceanos e de desertos remotos onde as pessoas estão lutando contra a seca”, afirmou Bill McKibben, fundador da 350.org, em uma nota divulgada no site da entidade durante a realização do evento.

Muitas foram as manifestações criativas, como mergulhadores que levaram ao fundo do mar nas Ilhas Marshall um cartaz para lembrar que os recifes de corais estão morrendo por causa da acidificação dos oceanos causada pelo excesso de CO2 na atmosfera. Nas geleiras dos Alpes e Andes, alpinistas colocaram pontos sobre geleiras com uma mensagem simples: “Estou derretendo”.

“Em São Paulo, no Dia de Impactos Climáticos, organizamos um cabo de guerra de ruralistas contra a sociedade civil para pedir que a presidente Dilma ligue os pontos e vete o novo Código Florestal. Afinal, precisamos deixar clara a relação entre desmatamento e a liberação de dióxido de carbono na atmosfera, que contribuirá para a crise climática caracterizada pelo aumento da frequência e intensidade de eventos climáticos extremos, tais como longos períodos de seca ou tempestades, que afetarão milhares de pessoas”, disse Paula Collet, coordenadora da 350.org no Brasil.

Outras cidades brasileiras também participaram da campanha, como Rio de Janeiro, Salvador e Araranguá, em Santa Catarina, que sofreu grandes prejuízos com o furacão Catarina em 2004.

“Nós vamos precisar de você em breve para lutar as batalhas políticas em que se usarão essas imagens, mas pelos próximos dias apenas relaxe e desfrute o sentimento de solidariedade que nasce ao saber que existem milhões de pessoas que pensam da mesma maneira, têm os mesmos medos e, mais importante, as mesmas esperanças que você”, destacou McKibben.

Veja mais imagens do evento no site da 350.org 

Fonte: Instituto Carbono Brasil

Do Brasil ao Paquistão, dos Estados Unidos ao Japão, mais de mil eventos marcaram o dia cinco de maio como um momento de reflexão e de divulgação da relação entre fenômenos climáticos extremos e o aquecimento global
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