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Cientistas descobrem 16 novos geoglifos na Amazônia

Cientistas descobrem 16 novos geoglifos na Amazônia

Pesquisadores encontraram 16 novos geoglifos — grandes figuras feitas no chão por povos antigos — na divisa do Acre com o Amazonas. A descoberta foi feita por cientistas liderados pela antropóloga Denise Schaan, da Universidade Federal do Pará, durante um sobrevoo às margens da BR-317, no sul da região amazônica. Com isso, somam-se 308 geoglifos próximos do limite entre o Acre e o Amazonas.

GEOGLIFOS

Os geoglifos são grandes figuras feitas no chão. Tipicamente são formadas por fragmentos da paisagem, como rochas e pequenas pedras. Existem dois tipos de geoglifo. O primeiro é o positivo, formado pelo arranjo e alinhamento de materiais ao longo do solo. O segundo é do tipo negativo, formado pela remoção de sedimentos superficiais de modo a expor o solo, criando um relevo negativo. Os geoglifos podem ser mais bem visualizados do alto e muitos não podem ser contemplados completamente do solo. Os geoglifos mais famosos compõem a linha de Nazca, no Peru.

Os geoglifos brasileiros da região amazônica foram descobertos em pesquisas arqueológicas que se iniciaram no fim da década de 1970. Os cientistas estimam que alguns possam ter até 10.000 anos de idade — os encontrados agora foram feitos entre o século I e XIII d.C. Muitos chegam a medir centenas de metros de diâmetro.

Segundo Denise, a descoberta foi feita em um voo realizado no dia 16 de junho. Os cientistas esperam mostrar parte dos resultados em um simpósio que começa nesta quarta-feira e vai até o dia 30 na capital do Acre, Rio Branco.

Os geoglifos da região amazônica se tornaram visíveis depois da derrubada de árvores. Os pesquisadores pensavam que já haviam encontrado tudo, mas estavam enganados. “Fazendas de área desmatada contínua são áreas promissoras para novas descobertas”, disse ao site de VEJA. “É possível que existam muito mais figuras debaixo da floresta.”

De acordo com Denise, várias figuras já haviam sido descobertas por terra, mas faltava a observação pelo ar. “Durante a procura pelas figuras já registradas em terra, encontramos novos geoglifos”, afirmou. ”Não sabemos o que são ou quem os construiu, mas vamos levar os dados para o laboratório e começar os trabalhos”, diz.

Denise acredita que os geoglifos marcavam locais de encontros e rituais. “O que nos impressiona é a extensão dessa prática cultural, pois são 260 quilômetros de distância entre o geoglifo mais ao sul, no Acre, e o geoglifo mais ao norte, no Amazonas.”

Fonte: VEJA

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