Biomas brasileiros: Degradação e problemas ecológicos
Bioma: Caatinga
A Caatinga é uma área de aproximadamente 826.411 quilômetros quadrados, localizada na região nordeste do Brasil. Abrange os Estados do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba, além de algumas áreas da Bahia, Alagoas, Pernambuco e Sergipe. Localiza-se entre a Floresta Amazônica, a Mata Atlântica e o Cerrado.
As temperaturas, em geral, são altas, e as chuvas escassas, concentradas principalmente nos meses de verão. Os solos são pedregosos e secos, ocasionando uma rápida evaporação das águas. Os rios e cursos de água, na sua maioria, são intermitentes, ou seja, secam por um período de sete a nove meses do ano e reaparecem na época de chuva. Quando chove, a paisagem muda rapidamente. As árvores cobrem-se de folhas e o solo fica forrado de pequenas plantas.
A Caatinga é considerada o único bioma exclusivamente brasileiro, uma vez que, grande parte do seu patrimônio biológico não é encontrado em nenhum outro lugar. Esse bioma é responsável por grande riqueza de ambientes e espécies, com 932 tipos de plantas, 148 mamíferos e 510 aves.
Há várias fisionomias de Caatinga, desde a florestal até a herbácea, passando pela Caatinga arbustiva.
A biodiversidade de flora é média e a vegetação xerofítica, ou seja, adaptada à escassez periódica da água, sendo comum espécies vegetais de porte pequeno, arbustos e plantas com espinhos que reduzem a perda de água pela transpiração.
Os cactos são muito representativos da flora desse bioma, contudo existe uma variedade de outras espécies, como: mandacaru, xique-xique, juazeiro, umbuzeiro, aroeira, entre outras.
Não se sabe ainda, a importância do impacto humano na Caatinga.
O Bioma é uma região pouco habitada e estudada, com projetos de desenvolvimento falidos e abandonados. As unidades de conservação são poucas, espalhadas e cobrem uma pequena área territorial, tornando a Caatinga o bioma de menor área protegida entre os biomas brasileiros.
Nas últimas décadas as alterações ocorridas nesse ecossistema brasileiro, em virtude das intervenções antrópicas, ou seja, do homem, provocaram uma série de impactos ambientais – degradação do ecossistema, redução da biodiversidade – que comprometem o funcionamento da cadeia ecológica.
O mapeamento das unidades de proteção mostrou que, atualmente, 7% da área estão protegidos, mas apenas 1% está em unidades de proteção e reservas indígenas. Os demais 6% fazem parte das Áreas de Proteção Ambiental (APAs), que não são consideradas de proteção efetiva.
Quase metade da Caatinga já foi destruída no País: 43% até 2002 e mais 2% entre 2002 e 2008. Os estados que mais desmatam são Bahia, Ceará, Piauí e Pernambuco.
Intervenções:
A principal causa do desmatamento é a extração de madeira para produção de carvão vegetal, sem planejamento de recuperação das áreas degradadas, gerando consequente desertificação do Bioma.
Grande parte do carvão vai para siderúrgicas de Minas Gerais e Espírito Santo, mas também, para o polo gesseiro do Nordeste, para o polo de cerâmica, além de pequenas e médias indústrias que usam lenha e carvão.
Também há necessidade de investimento em projetos de agricultura familiar, carentes na região do Bioma Caatinga. A falta de investimentos do governo na referida área, além do desmatamento desordenado, sem projetos de recuperação das áreas degradas, como o combate à desertificação e promoção da conservação e do uso sustentável dos recursos do bioma, poderá levar ao desaparecimento do Bioma.
Referências Bibliográficas:
Ambiente Brasil: www.ambientebrasil.com.br
Ecodebate: www.ecodebate.com.br/2008/06/06/bioma-caatinga-ja-perdeu-59-de-sua-area/.
Centro Universitário de Brasília – Uniceub
ICPD – Instituto Ceub de Pesquisa e Desenvolvimento
Pós Graduação em Analise Ambiental e Desenvolvimento Sustentável
Aluna: Patricia Patriota
Abril de 2011

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