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Baratas podem ser futuro da produção de etanol, revela pesquisa

Baratas podem ser futuro da produção de etanol, revela pesquisa

Já pensou em abastecer seu carro com álcool produzido por baratas? Isso mesmo! O inseto conhecido pela sua resistência e por seus hábitos nada higiênicos já é usado por cientistas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) para fabricar etanol.

A variada alimentação das baratas vem da capacidade de “moldarem” sua digestão. Quando uma nova alimentação é inserida, em dez dias, em média, ela começa a produzir uma série de enzimas especializadas para quebrar o novo alimento.
Os pesquisadores acrescentaram a cana-de-açúcar ao cardápio variado das baratas, que comem desde restos de comidas até cadáveres. A ideia é usar as enzimas do inseto para degradar o bagaço de cana e, com isso, obter açúcares, cuja utilidade pode vir a ser a produção de etanol.

Estão sendo utilizados na pesquisa dois tipos de baratas; a Periplaneta americana, espécie mais comum, encontrada em esgotos e escondidas nas casas; e a Nauphoeta cinerea, um tipo de barata da América Central, mas que já pode ser encontrada em diversos lugares do globo.

Segundo o professor Ednildo de Alcântara Machado, do Instituto de Biofísica da UFRJ, as baratas foram capazes de sobreviver por mais de 30 dias somente com o bagaço da cana.

Ele afirma que a pesquisa, por enquanto, encontra-se nas etapas de condicionar as baratas para consumir o bagaço e de identificação das enzimas especializadas. O etanol ainda não foi obtido. “Não é uma coisa distante”, explicou Machado ao G1. “Mas as etapas têm que ser trabalhadas em conjunto. Não sei dizer quando [vai ser produzido]“, observou.

Mas o pesquisador adiantou que algumas enzimas do sistema digestivo da barata já foram identificadas e agora estuda a forma de retirar partes do DNA delas que definem a produção destas substâncias, capazes de degradar a biomassa em escala industrial.

Produzir etanol a partir das enzimas das baratas pode diminuir a necessidade de se plantar cana-de-açúcar. De acordo com Machado, esse é o maior ganho ambiental, pois o corpo das células da planta seria aproveitado sem precisar plantar mais cana.

Fonte: EcoD

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