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AIE alerta para aumento das emissões devido ao abandono da energia nuclear

Desde o desastre na usina de Fukushima, no Japão, diversos países cancelaram ou diminuíram seus investimentos em energia nuclear, um movimento que a Agência Internacional de Energia (AIE) teme que possa resultar no aumento de 6,2% das emissões de gases do efeito estufa até 2035.

“Qualquer expansão do uso das fontes limpas corre o risco de ser pequeno demais para compensar a maior utilização do carvão para gerar eletricidade, ainda mais porque o mundo caminha para um período de crise econômica que pode resultar na queda nos investimentos”, alertou Faith Birol, economista chefe da AIE, durante uma coletiva na Conferência Mundial de Energia do Futuro (WFES).

Segundo Birol, a intenção de substituir a energia nuclear por fontes renováveis é ambiciosa, mas não funcionará se os países continuarem a subsidiar os combustíveis fósseis da forma que fazem atualmente.

“São mais de US$ 409 bilhões em subsídios anuais que ajudam a tornar o carvão e o petróleo opções muito mais atraentes em tempos de crise do que qualquer fonte limpa”, explicou.

Birol também criticou quem afirma que os subsídios garantem o acesso das pessoas mais pobres à eletricidade.

“Apenas 8% dos subsídios são destinados para os 20% mais pobres do planeta. Uma reforma nas políticas públicas de energia podem enxugar os subsídios e ainda assim melhorar a condição de vida de milhões de pessoas.”

A Alemanha afirmou que abandonará a energia nuclear em 2022, já o Japão, França e China diminuíram consideravelmente seus planos para novas usinas.

Fonte: Instituto Carbono Brasil


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