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A partir desta 4ª, supermercados de SP não fornecerão sacolas de plástico

Campanha tem como meta trazer para o cotidiano das pessoas a preocupação com a sustentabilidade

Pelo menos 80% dos supermercados do Estado de São Paulo deixarão de fornecer sacolas plásticas para seus clientes a partir desta quarta, 25. Caixas de papelão serão oferecidas pelas redes e podem ser solicitadas pelos consumidores. Além disso, também poderão ser adquiridas sacolas biodegradáveis compostáveis feitas de amido de milho e sacolas reutilizáveis. Ambas serão vendidas a preço de custo, por cerca de R$ 0,20.

A iniciativa de tirar as sacolas dos caixas é fruto de um acordo entre a Associação Paulista dos Supermercados (Apas) e o governo do Estado de São Paulo. Preferiu-se este caminho à adoção de uma lei. “Optamos pelo diálogo com o setor”, afirma o secretário do Meio Ambiente, Bruno Covas. “O acordo é voluntário por parte das redes.” Ele recorda que algumas cidades, como Jundiaí, chegaram a aprovar legislações para proibir as sacolas, mas foram julgadas inconstitucionais. No caso de Jundiaí, a prefeitura assinou depois um acordo com os supermercados locais e obteve o resultado que não alcançara com a lei.

Para ambientalistas e gestores públicos, a medida tem um importante valor simbólico. Apesar de as sacolas só representarem uma pequena parcela do volume total de lixo descartado, têm o mérito de trazer para o cotidiano das pessoas a preocupação com a sustentabilidade, aponta Fernanda Daltro, gerente de consumo sustentável do Ministério do Meio Ambiente. “As pessoas aprenderão a separar o lixo seco do úmido, que é o que realmente precisa da sacola plástica para não fazer sujeira.”

Outro lado. “Essa lei foi aprovada por interesse econômico (dos supermercados) e não ambiental ou social”, critica Miguel Bahiense, presidente da Plastivida, entidade que representa institucionalmente o setor dos plásticos. Ele estima em R$ 500 milhões a economia das redes com a restrição. “Vão repassar essa economia para os clientes? Duvido.”

Ligia Korkes, gerente de Sustentabilidade do Grupo Pão de Açúcar – dono da rede homônima e do Extra -, afirma que o dinheiro obtido com a economia das sacolas plásticas e a venda das sacolas retornáveis será revertido para ações de sustentabilidade do grupo.

Histórico. Em 15 de dezembro de 2011, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, assinou o protocolo de intenções com a Associação Paulista de Supermercados (Apas), que prevê o fim da distribuição de sacolas plásticas em supermercados da capital a partir de 25 de janeiro de 2012.  A proposta faz parte da Campanha Vamos Tirar o Planeta do Sufoco, iniciada em 2010 na cidade de Jundiaí, com a proposta de estimular a substituição no comércio local de sacolas descartáveis por reutilizáveis.

Fonte: O Estadão

 


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Comentários

Uma resposta para “A partir desta 4ª, supermercados de SP não fornecerão sacolas de plástico”

  1. Avatar de Francisco Machado

    As sacolinhs plásticas não são a causa maior da poluição ambiental, elas contribuem com uma parcela talvez bem menor do que os copinhos de iogurte, de manteiga, margarina; embalagens de pequeno porte (queijos, doces, sucos); todo o material para serviço de festas (aniversário, casamentos, eventos sociais, etc.). Para estes, qual seria a solução? A problema do aterro sanitário e os lixões não continuariam da mesma forma? A solução do problema do lixo urbano está na separação: úmido do seco, sem meios termos. A população terá de fazer isto antes de entregar os dejetos ao serviço de coleta, isto é, cada um em sua própria cozinha. É lei, passivel de multa.

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