A Comissão Europeia adiou o início de um registro único de carbono para o esquema de comércio de emissões da União Europeia (EU ETS) até a segunda metade do ano, já que precisa de mais tempo para finalizar as preparações, disse a instituição na quarta-feira.
A Comissão espera que um registro único para a UE melhore a eficiência do esquema e forneça mais segurança, após o roubo de mais de três milhões de permissões de carbono da UE de registros de estados membros no final do último ano e no começo deste ano.
Operando desde janeiro de 2005, os sistemas de registros compreendem todas as Permissões da UE (EUAs) emitidas sob o ETS e rastreiam a posse das permissões da mesma forma que um sistema bancário rastreia a posse de dinheiro.
A Comissão afirmou no início deste ano que fecharia os registros nacionais de carbono por um período não revelado no final deste ano, para preparar o sistema para um registro único a fim de lidar com as transações de carbono a partir de 2012.
“Embora um progresso substancial tenha sido feito na preparação para a transição, a Comissão e os estados membros concordaram que mais tempo é necessário para finalizar as preparações e para evitar qualquer risco de interromper o ciclo anual de conformidades recorrentes”, declarou a Comissão eu seu website.
A partir de 30 de janeiro de 2012, a Comissão ativará parcialmente seu registro único de carbono, para permitir que as companhias aéreas abram contas de registro e recebam permissões de carbono grátis até o final de fevereiro.
“A ativação plena do registro único, incluindo a transferência das contas existentes nos registros nacionais, não se realizará antes de junho de 2012”, disse a Comissão.
“Antes da ativação plena do registro único, os registros nacionais existentes continuarão operacionais”.
O esquema de comércio de emissões da UE limita as emissões de dióxido de carbono (CO2) de cerca de 11 mil usinas de energia e industriais poluentes em 30 países europeus, cobrindo cerca de metade das emissões regionais.
No começo do próximo ano, a limitação também será estabelecida para cerca de quatro mil operadores de companhias aéreas que aterrissam e decolam na região – um plano que tem deflagrado críticas fortes dos Estados Unidos, da China e de outros, que dizem que o projeto viola leis internacionais.
Fonte: Reuters
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