
O problema é tão sério, que o arquiteto e professor sueco Anders Wilhelmson concluiu, durante as viagens de estudo que fez com seus estudantes a países da Ásia e África, que a população urbana que vive em favelas nessas regiões precisa mais de banheiros do que de habitação.
Para propor uma solução barata e de fácil aplicação para o problema, ele criou o PeePoo, que, à primeira vista, parece uma simples e bela sacola de plástico, mas é na verdade o recipiente para dejetos humanos, voltado aos países em desenvolvimento.
Depois de usado, o saco é fechado com um nó e enterrado ou vendido ao próprio fabricante. O revestimento interno de cristais de ureia do saco ajuda a transformar os dejetos em fertilizante.
O criador afirma não ser fácil instruir a população local a respeito de hábitos de higiene e saneamento e sobre os benefícios do PeePoo: ”Leva tempo para introduzir um produto novo’’, afirmou Wilhelmson. ”Por isso, estamos realizando festas de bairro e exposições itinerantes, além de propagandas no rádio’’, afirma.
Segundo a reportagem do Jornal The New York Times, atualmente, cerca de 6 mil sacos PeePoo são produzidos todos os dias e distribuídos em favelas de Nairóbi, no Quênia. São vendidos por mulheres da comunidade após receberem algum treinamento. A empresa fabricante ainda recompra as sacolas usadas por um terço do valor de venda e transforma os dejetos em fertilizante.
Fonte : UAI _ Éverton Oliveira
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