
Durante a madrugada de amanhã, a atenção dos especialistas da Nasa não estará totalmente voltada para o cosmos e os conhecimentos científicos que podem vir do espaço, como de costume. É a superfície da Terra que preocupará um grupo de cientistas da agência norte-americana. Eles passarão a noite em claro acompanhando a queda do Satélite de Pesquisas da Alta Atmosfera (Uars, na sigla em inglês), concebido para monitorar a camada de ozônio e desativado desde 2005.O retorno do equipamento, colocado em órbita pelo ônibus espacial Discovery em 1991, não causaria grande alvoroço não fosse um detalhe: os cientistas não sabem determinar exatamente o horário e o local em que as peças do instrumento — que mede 10m de comprimento por 3m de altura e pesa mais de meia tonelada — devem desabar. Como faz tempo que os cientistas não conseguem contato com o aparelho, eles só puderam prever que ele deve cair em alguma região entre o norte do Canadá e o sul da Argentina.A expectativa é que o satélite se desintegre em milhares de pedaços ao longo dos cerca de 600km que deve percorrer antes de bater no solo — ou na água. Mesmo assim, ainda restarão partes com até 165kg. As peças poderão ser encontradas em um raio de 800km. Antes que as pessoas começassem a reforçar seus telhados, a Nasa emitiu um comunicado para tentar transmitir tranquilidade. Segundo o órgão, a probabilidade de um desses pedaços cair sobre alguém é de uma em 3,2 mil. Segundo a Nasa, há risco de as peças do Uars danificarem outros satélites que orbitam a Terra, o que poderia afetar o funcionamento de equipamentos como televisores, aparelhos de rádios e aparelhos que utilizam a tecnologia de GPS.
PEÇAS TÓXICAS
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