Caucaia e Fortaleza já se articulam para a instalação de um novo aterro sanitário. Maracanaú e Maranguape também avançam na questão. No entanto, o interior ainda repete os vícios de destinar os resíduos sólidos para os lixões.

Essa questão preocupa, especialmente, o Governo do Estado, que quer cumprir determinação do Governo Federal para que os Municípios apresentem até 2012 o Plano Municipal de Saneamento, envolvendo água, esgoto e resíduos sólidos. O não cumprimento deverá acarretar o não repasse de recursos federais para as cidades.
No Ceará, apenas sete cidades do Estado têm aterros sanitários adequados, segundo a Secretaria Estadual de Cidades. Desse total, há uma ação de ampliação do Aterro Sanitário Metropolitano Oeste de Caucaia (Asmoc), que deverá entrar em operação a partir de 2014, e um outro que conta com projeto, recursos, mas ainda não saiu do papel: do da Região do Cariri, por conta da indefinição do local de funcionamento.
Responsabilidade
O titular da Secretaria de Cidades, Camilo Santana, diz que embora a coleta e o destino final seja da responsabilidade dos Municípios, o Governo do Estado está intervindo na questão, diante das determinações voltadas ao saneamento básico por parte do Governo Federal e da meta de se acabar com os lixões até 2014.
Camilo Santana diz que o desafio é grande, uma vez que, dos 184 Municípios cearenses, apenas Fortaleza, Caucaia, Eusébio, Maracanaú, Pacatuba, Maranguape e Sobral destinam corretamente os resíduos sólidos em aterros sanitários.
“A construção de aterro tem sido um problema sério, porque existe a mentalidade de que não compensa investir nesse equipamento, enquanto que os lixões são com custos bem mais reduzidos”, disse Camilo Santana. A produção de resíduos também é pouco expressiva para comportar um aterro moderno e adequado às normas de saneamento básico.
Com isso, o secretário de Cidades informou que a alternativa encontrada para o Ceará tem sido a formação de consórcio. Ou seja, reunir cinco a seis Municípios para a construção de um aterro que atenda à demanda de todos os participantes.
Nesse caso, já funcionam os aterros de Caucaia (atendendo Fortaleza e Caucaia), Maracanaú (Maranguape e Maracanaú), Aquiraz (Eusébio e Aquiraz), Jaguaribara (Jaguaribara), Sobral (Meruoca e Sobral), Pacatuba e Horizonte.
“Nossa pretensão é que os 184 Municípios cearenses tenham cobertura por aterro sanitário, daí que há projetos executivos em andamento para o Cariri, Camocim, Sobral, São Benedito, Pedra Branca, Limoeiro do Norte, Paracuru, Icó e Milagres, que pelos consórcios atenderão todas as regiões do Estado”, afirmou Camilo Santana.
No caso de Fortaleza e Caucaia, além de se contar com um aterro em funcionamento, há também um projeto de construção em andamento, que consistirá numa expansão do existente naquela localidade metropolitana de Fortaleza.
Fonte : Diário Região Metropolitana
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