O poço de petróleo explorado pela empresa Chevron, que provoca um vazamento no litoral fluminense desde a semana passada, deverá ser abandonado e cimentado. A afirmação é do diretor da ANP (Agência Nacional do Petróleo) Florival Carvalho.
A ANP e a empresa avaliam a melhor forma de executar a cimentação do poço, que apesar de ser próximo não tem ligação com a estrutura de produção de petróleo da Chevron já em atividade na área de Frade, na Bacia de Campos.
“A agência já autorizou a empresa a fazer o abandono do poço. Isso (cimentação) já está definido, estamos vendo qual a melhor forma de fazer”, disse o diretor da ANP.
Procurada, a Chevron não comentou a informação sobre o abandono no poço exploratório. Em relação à causa do vazamento, a empresa disse que as investigações continuam. A companhia já havia paralisado temporariamente os trabalhos no local, para investigar o problema.
Em seu último comunicado, a Chevron descarta que a atividade de produção de petróleo no campo esteja associada ao vazamento. “De acordo com inspeções feitas nas instalações do campo, as atividades de produção não estão relacionados com as exsudações [vazamentos] e com a mancha, e a produção do campo foi mantida”.
Entretanto, segundo o diretor da ANP, o motivo do vazamento de óleo foi a perfuração do poço de exploração. “O que foi detectado é que com a perfuração houve aumento de pressão em algum ponto e houve essa fissura na rocha que fez com que o óleo vazasse”, afirmou Carvalho.
O vazamento de óleo continua, segundo o diretor, e um volume estimado em 700 barris de óleo forma uma mancha localizada a cerca de 200 km da costa do Rio de Janeiro.
“O que manda a resolução [da ANP] é a solicitação, por parte da empresa, do abandono do poço. E nós analisamos e autorizamos que, nessas condições, a melhor saída mesmo é fazer o abandono”, disse.
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