O Brasil enfrenta um crescimento do segmento de consumidores “indiferentes”, de acordo com o relatório Responsabilidade Social das Empresas e Percepção do Consumidor Brasileiro, do Instituto Akatu e da Ethos.
De forma geral, esse crescimento é creditado ao movimento de ascensão social e de incorporação no mundo do consumo de uma parte significativa da população brasileira. Durante parte desse período (2003 a 2008), a renda dos 10% mais pobres cresceu 8% ao ano, enquanto o rendimento dos 10% mais ricos cresceu 1,5% ao ano.
De acordo com a pesquisa, uma parcela muito significativa do público ainda não condiciona, com frequência, suas decisões de compra a considerações sociais ou ambientais, principalmente se para isso houver dificuldades como preço mais elevado ou dificuldade de informação (como é o caso dos orgânicos e das madeiras certificadas).
Os dados mostram que 37% dos pesquisados são indiferentes ao consumo consciente, enquanto 35% pode ser considerado iniciante, 23% “engajado” e 5% “consciente”. Em comparação a 2006, quando a primeira pesquisa desse modelo foi aplicada, o número de iniciantes diminuiu 7% e o de indiferentes aumentou 12%. Entre os engajados houve um decréscimo de 5% e os conscientes se mantiveram no mesmo patamar.
Através de indicadores de consumo consciente, a pesquisa revelou valores e comportamentos de consumidores com base em 13 temas fundamentais à sustentabilidade, entre eles: o poder de escolha do consumidor; o histórico dos produtos (se são piratas ou de comércio solidário); uso racional e não desperdício; empresas que praticam responsabilidade socioempresarial.
O relatório traz um conjunto de análises sobre os dados de 800 questionários aplicados em 12 capitais/regiões metropolitanas do Brasil, em julho de 2010. Para saber mais informações sobre o perfil do consumidor consciente brasileiro baixe a pesquisa na biblioteca.
Fonte: Ecodebate
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