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MG: Organização criminosa causa danos calculados em 48 mil metros cúbicos de carvão vegetal de origem ilícita

A operação foi realizada por uma força-tarefa formada pelos Ministérios Públicos estaduais da Bahia (MP-BA) e de Minas Gerais (MP-MG), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), Polícias Civil e Militar e secretarias de Segurança Pública (SSP) e de Meio Ambiente (Sema). Foto : Divulgação

Comércio ilícito de carvão vegetal é alvo de operação do Ministério Público de Minas Gerais
A Operação Corcel Negro II foi deflagrada na manhã de hoje, 13 de setembro, com apoio da Secretaria de Fazenda e da Polícia Militar. Prejuízos estimados na ordem de R$ 60 milhões
Está sendo realizada nesta terça-feira, 13 de setembro, a Operação Corcel Negro II, com o objetivo de desmantelar uma organização criminosa que atua na produção, no tráfico e no comércio ilícito de carvão vegetal. Essa quadrilha domina os setores da produção de ferro-gusa e de carvão vegetal em vários Estados da Federação. A operação é coordenada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) em parceira com a Secretaria de Estado de Fazenda (SEF) e com a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG). As ações estão sendo realizadas em Belo Horizonte, Sete Lagoas, Matozinhos, Juatuba, Matheus Leme e Capim Branco.
Entre os métodos usados pela organização criminosa, há destaque para a falsificação de notas fiscais e outros documentos destinados à fiscalização ambiental que servem para legitimar o transporte e comércio de carvão vegetal. Outro ponto importante é que a organização se presta a favorecer intensa corrupção de servidores públicos comprometidos com esses interesses. Os principais reflexos dessa atuação são sentidos em Minas Gerais, pelo fato de ter o principal polo da indústria siderúrgica e de carvoejamento do país.
O trabalho dessa manhã é fruto da Operação Corcel Negro, realizada em 22 de julho de 2011, que gerou desdobramentos e a necessidade de uma nova operação. Descobriu-se que uma siderúrgica está em nome de laranjas, sendo os reais proprietários pertencentes a uma família mineira amplamente conhecida no ramo empresarial. Essa organização possui inclusive empresa em paraíso fiscal.
Todas as empresas da família foram cautelarmente sequestradas por ordem judicial, bem como contas bancárias, imóveis e veículos dos envolvidos. Estão sendo cumpridos mandados de prisão e de busca e apreensão.
Os prejuízos ambientais causados pela organização criminosa foram calculados em 48 mil metros cúbicos de carvão vegetal de origem ilícita, que correspondem ao desmate irregular de 15 mil hectares de cerrado. Em termos financeiros, os prejuízos alcançam a soma de R$ 60 milhões.

Fonte: MPMG
EcoDebate, 14/09/2011


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