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Marinha muda treinamento após contaminação por vírus do Influenza B

Exercícios físicos estão suspensos e aulas são dadas ao ar livre.

foto Divulgação

A Marinha Brasil realizou mudanças no treinamento de novos recrutas, após alunos do curso de formação serem internados com insuficiência respiratória e contaminação pelo vírus Influenza B. Os exercícios físicos foram suspensos e, por precaução, as aulas teóricas, que antes aconteciam nas salas de aula, agora são dadas ao ar livre. O objetivo é evitar novas contaminações, afirmou o Comandante de alunos, Anderson Reis.

– Os recrutas que voltaram do hospital e estão de alta, eles estão tendo as mesmas instruções, porém só que em mais afastados e com máscaras.

A Marinha informou na quarta-feira (24), por meio de sua assessoria de imprensa, que seis recrutas que estavam internados no Hospital Naval Marcílio Dias, no Lins, na zona norte do Rio de Janeiro, receberam alta. Dois militares também foram liberados.

Os quatro recrutas e o instrutor que ainda permanecem no hospital apresentam boa evolução clínica, segundo a assessoria da marinha.

Na terça-feira (25), 14 recrutas receberam alta e, na segunda-feira (22), 38 deixaram o hospital. Todos voltaram para o centro de instrução, onde estão sendo acompanhados pela Divisão de Saúde e realizam apenas atividades teóricas.

Na última quarta-feira (17), 57 recrutas foram internados com problemas respiratórios. Outros cinco alunostambém deram entrada na noite de segunda-feira (22) com os mesmos sintomas que os demais militares.

Influenza B

Na quarta mais um caso de influenza B (uma variante mais forte de gripe) foi diagnosticado em um dos recrutas internados. O caso de Leonardo Gama, de 22 anos, é considerado o mais grave. Leonardo foi o único recruta que apresentou insuficiência renal, além da insuficiência respiratória.

Ele foi infectado durante treinamento no Ciampa (Centro de Instrução Almirante Milcíades Portela Alves), localizado em Campo Grande, na zona oeste do Rio.

Na terça-feira (23), a Marinha informou que sete recrutas que fizeram exercícios no centro também estão infectados com a influenza B e permanecem internados na unidade.

De acordo com a Marinha, dos 12 exames realizados, sete apresentaram resultado positivo para a doença. Além dos infectados, três militares e três alunos do Ciampa estão internados no Hospital Marcílio Dias com suspeita da doença.

Depois do episódio, as 800 pessoas que trabalham ou fazem treinamento no local foram vacinadas contra a gripe.

A Cedae recolheu amostras da água consumida pelos militares para análise e disse que não encontrou irregularidades.

Por conta do incidente, a Defensoria Pública vai propor um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) à Marinha, em que vai propor medidas para que a instituição siga normas em casos de novas ocorrências. Se esse termo for assinado, os defensores afirmaram que a multa diária pode variar entre R$ 50 mil e R$ 100 mil, caso as medidas acordadas não sejam cumpridas.

Fonte : R7 _ RECORD


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