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Geopark Araripe poderá ter selo verde da Unesco

O projeto, existente no Cariri, deverá ter a renovação da chancela do primeiro do gênero nas Américas

Geopark Araripe no Ceará é o primeiro das Américas

Juazeiro do Norte. O resultado da primeira avaliação do Geopark Araripe, pela Rede Global de Geoparks, ligada à Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), sairá no próximo mês, durante a Conferência Europeia de Geoparks, que se realia na Noruega, de 14 a 21 de setembro. Com isso, o projeto deverá ter a renovação da chancela do primeiro do gênero nas Américas. Desenvolvido por meio da Universidade Regional do Cariri (Urca), o projeto será representado na solenidade por uma delegação do Ceará com membros da Secretaria das Cidades, e do próprio geopark. Também poderá ser anunciado, durante o evento, a criação de mais um geopark no Brasil. O mais provável dos candidatos a receber o selo internacional da Unesco é o do Quadrilátero ferrífero, em Minas Gerais.

Geopark Araripe: fósseis milenares e evidências

O Geopark Araripe recebeu a chancela em 2006 da Rede Global e terá sua primeira avaliação em setembro, com a classificação por selo: verde, amarelo ou vermelho. Normalmente esses anúncios são realizados durante os eventos da Rede Global. O Cariri aguarda com grande expectativa. Foram quatro anos que se seguiram para a primeira avaliação, com as prorrogações, mas, normalmente, a chancela é válida por três anos. O Geopark Araripe poderá receber o cartão verde, que reúne ações regulares voltadas para o desenvolvimento sustentável plenamente atendidas, ou o cartão amarelo, que traz uma atenção para o cumprimento de alguns itens de avaliação e, com isso, é sinalizado um tempo pela rede global, para que sejam cumpridos. E tem também o cartão vermelHo, que é a suspensão como membro da rede, e que depois poderá se reabilitar, cumprindo as medidas exigidas. Em toda as avaliações é repassado o relatório feito pela equipe.

A avaliação do Geopark foi realizada em novembro do ano passado por uma comissão da Rede Global, formada por três avaliadores, que percorreram os nove geossítios nas seis cidades inseridas no projeto, começando pelo Centro de Interpretação, no Parque de Exposições do Crato.

Estará representando o projeto, o ex-coordenador executivo do geopark, Patrício Melo, vice-reitor da universidade. Atualmente, está à frente da coordenação executiva, o professor da instituição, Álamo Feitosa.

No mês de outubro do ano passado, foram reunidas no Cariri as maiores autoridades mundiais de geoparques do mundo, na 1ª Conferência Latino-Americana e Caribenha de Geoparks. Uma grande representação de candidatos brasileiros também esteve presente e tem como principal modelo o Geopark Araripe. A ideia é que nos próximos anos novos projetos do gênero sejam criados no Brasil.

Patrício Melo justifica a renovação da chancela entre os cartões verde e amarelo, por conta dos investimentos que foram feitos nos últimos anos e os projetos desenvolvidos, sob diversas vertentes, no Geopark. E um conjunto de medidas, segundo ele, que vem sendo implementadas. Nos próximos dois anos, está previsto um aporte de investimentos, por meio da Secretaria das Cidades do Ceará, com empréstimo do Banco Mundial, no valor de R$ 7 milhões.

Consorciado

O vice-reitor destaca que, nos anos de 2013 a 2014, será consolidado um receptivo que inclui a criação de um Centro de Interpretação Ambiental, em Missão Velha, ações na área da arqueologia, em Nova Olinda, em parceria com a Fundação Casa Grande, e a criação do Museu da Mineração, que estará localizado entre os Municípios de Nova Olinda e Santana do Cariri.

De acordo com Patrício, a proposta desse projeto é desmistificar a questão da mineração, como uma atividade marginal, e trazer a vertente da educação ambiental, incluindo a participação dos mineradores, além do combate ao tráfico de fósseis.

Implementação

O vice-reitor coordenou por dois anos o projeto. Ele avalia que o primeiro momento do projeto foi a fase de implementação de todos os procedimentos burocráticos, partindo para as ações, nos diversos setores, somente a partir de 2009.

“Foi aí que o Geopark assumiu o seu papel do ponto de vista prático no âmbito do desenvolvimento regional”, diz. De acordo com Patrício, foram ações pontuais, no primeiro momento, com atividades de educação ambiental, que envolveram professores e alunos da Urca. Em seguida, veio a incorporação de projetos que envolvem a comunidade que reside no entorno dos geossítios, situados em sua área de demarcação.

Recursos

7 mi De reais é a previsão de investimento para os próximos dois anos no Geopark Araripe, por meio da Secretaria das Cidades do Ceará, com empréstimo do Banco Mundial

Fonte : Elizângela Santos / Diário do Nordeste


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