DE RIBEIRÃO PRETO

O córrego Tanquinho, que corta duas favelas de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo), ficou ainda mais entupido com o lixo e os objetos descartados pelos ex-moradores, removidosneste final de semana para apartamentos do conjunto habitacional Jardim Wilson Toni.
Remoção de favela ocorre sem conflitos em Ribeirão Preto
Na manhã de sábado (30), quando começou a remoção das cerca de 190 famílias das favelas do Brejo e Vila Zanetti, era possível ver peças velhas de roupa, aparelhos de TV e até sofás dentro da água cinza-esverdeada.
Os ex-favelados continuavam a descartar lixo durante a mudança. O secretário da Casa Civil, Layr Luchesi Júnior, disse que o Tanquinho já era poluído, mas que a sujeira aumentou nos dias que antecederam a remoção.
Luchesi afirmou, porém, que a limpeza do córrego deve acontecer a partir dos próximos dias, assim que a destruição da favela estiver finalizada –a remoção de 238 famílias, incluindo as da Vila Elisa, terminou ontem.
A Secretaria do Meio Ambiente também vai providenciar o reflorestamento da área com espécies nativas, segundo Luchesi. “A Mariel [Silvestre, titular da pasta] já está cuidando disso”.
MUDANÇA
A aposentada Flora Moreira, 67, comemorou a saída da favela do Brejo. “Faz cinco anos que eu sofro. Agora, graças a Deus, vou ter um lar outra vez”, disse. Ela e o marido, Sebastião Moreira, 66, foram para a favela depois que, doentes, ficaram sem condições de pagar aluguel.
Segundo a prefeitura, entre 80 e 100 cães e gatos foram retirados das favelas. Eles irão para doação.
Fonte: FOLHA
Foto: Marcia Ribeiro/Folhapress
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