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Estratégico para o país, setor de fontes renováveis de energia depende de soluções alternativas

Ti Verde é a prática sustentável de produção, gerenciamento e descarte dos equipamentos eletrônicos, bem como economia de energia elétrica_ fonte : Wikipédia

A ênfase maior está na área de pesquisa sobre o uso de fontes tão diversas como o vento, o sol, os biocombustíveis, o hidrogênio, o lixo e até o oceano. Sim, porque as ondas, marés e correntes dos oceanos vêm sendo estudados na Coppe-UFRJ como uma provável fonte de energia para um futuro bem próximo.

– A partir de 2018, a inserção dessas tecnologias na matriz energética mundial terá se iniciado. No Brasil, vamos instalar um protótipo experimental, que deve gerar 100kw de energia, no Ceará – conta Segen Estefen, diretor de Tecnologia e Inovação da Coppe.

E são os alunos do mestrado e doutorado em engenharia oceânica da instituição que ajudarão a desenvolver as tecnologias. Há projetos no Maranhão e no Pará, além de três laboratórios no Rio. E as perspectivas de emprego na área são grandes, já que o setor deve crescer muito nos próximos anos.
– As oportunidades surgirão nas empresas pioneiras. A tendência é que o setor elétrico comece a contratar especialistas. E novas empresas já começam a surgir. Até na universidade vemos isso – destaca Estefen.

Os estudantes que ingressam no mestrado ou doutorado da Coppe, instituição brasileira que mais investe em fontes renováveis, podem escolher outras linhas de pesquisa em que vão trabalhar diretamente no desenvolvimento de projetos tão diversos como o ônibus a hidrogênio; o trem flutuante (alternativa ao metrô); e a geração de energia através do chorume produzido pelo lixo urbano.

Na Uerj, quem quiser um diploma de mestre em engenharia mecânica ou elétrica pode se dedicar à pesquisa de veículos elétricos, na linha que estuda o sistema de transportes. A universidade também planeja criar uma pós lato sensu na área. A expectativa é que o curso entre para a grade em março próximo, já que ainda deve passar pela aprovação da própria universidade e do MEC.

– Além das fontes renováveis, os alunos aprenderiam técnicas de viabilidade econômica desse tipo de energia. Em engenharia, os cursos mais procurados ainda são os gerenciais, como o de planejamento energético – explica o professor Manoel Antônio da Fonseca, coordenador do Departamento de Engenharia Mecânica da Uerj.
Já na Fundação Getúlio Vargas (FGV), a ênfase é na gestão desses recursos. A instituição não oferece um curso fechado sobre o tema, mas seu braço FGV In Company desenvolve projetos customizados para empresas que podem ser de aperfeiçoamento, extensão ou pós-graduação. Em todos são abordados temas como análise de viabilidade, regulação para fontes renováveis e inserção dessas fontes na matriz energética do país.

– Nos cursos de gestão, o tema fontes renováveis é obrigatório, mas os cursos são feitos sob medida para cada organização ou consórcio de empresas – explica Goret Pereira Paulo, diretora adjunta do FGV In Company e coordenadora do Núcleo de Energia da FGV.

A seguir, mais informações sobre o que as instituições oferecem sobre o tema:

ENGENHARIA ELÉTRICA: A Uerj abrirá, em outubro, inscrições para 2012. O mestrado é gratuito e os candidatos a dedicação exclusiva podem pleitear bolsas. É preciso ter graduação na área tecnológica, preferencialmente engenharia. Informações: ppg-em.eng.uerj.br.

CUSTOMIZAÇÃO: O FGV In Company é o braço da Fundação Getúlio Vargas (FGV) que oferece conteúdos customizados para empresas, universidades corporativas, organizações públicas e entidades do Terceiro Setor. Informações: 3799-6568; fgvincompany@fgv.br ou www.fgv.br/fgvincompany.

DO LIXO ÀS ONDAS: O mestrado e o doutorado da Coppe são gratuitos. É preciso passar por provas e análise curricular. A partir de setembro serão abertas as inscrições para “Planejamento energético”, “Engenharia oceânica” e “Engenharia elétrica”, que começam em março de 2012. Já para “Engenharia metalúrgica e de materiais”, as inscrições vão até 29 de julho e as aulas começam em outubro. Informações: coppe.ufrj.br.

Fonte: Jornal O Globo – Caderno Boa Chance


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