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Esgoto é ameaça para o Titicaca, na fronteira da Bolívia com o Peru

As águas do Lago Titicaca, na fronteira entre Bolívia e Peru, sofrem com o despejo de esgoto dos habitantes que moram nas suas imediações e com a poluição da mineração.

Essas são algumas das conclusões de um estudo realizado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) com recursos do governo da Espanha.

O projeto analisou as perspectivas ambientais do lago, que ocupa uma superfície de mais de 8,5 mil quilômetros quadrados. Também abordou a situação do Rio Desaguadero, na Bolívia, e do Lago Poopó e do Lago Coipasa, cursos hídricos localizados na região de Oruro, na parte oeste da Cordilheira dos Andes. No total, mais de 25 rios deságuam no lago, que também tem várias ilhas habitadas.

O coordenador-geral do projeto, Alfonso Alem, afirmou que o Titicaca “é um lago saudável, limpo e vivo, mas que possui focos de poluição, que são preocupantes”. As áreas mais afetadas pela poluição estão próximas a assentamentos humanos.

Atualmente, cerca de 3 milhões de pessoas vivem às margens dos lagos e rios da bacia do Titicaca. Segundo o estudo, o esgoto gerado por essas ocupações deve duplicar até 2025.

Outro fator ligado à ocupação humana que causa poluição à bacia é a atividade de mineração e a indústria, especialmente no Lago Poopó. Além disso, as águas da bacia do Titicaca sofrem com fatores naturais, como a evaporação de 95% das águas, o que limita a capacidade de regeneração do ecossistema.

O estudo reuniu especialistas bolivianos e peruanos e contou com um financiamento de US$ 1,6 milhão da Espanha, fruto de um acordo de cooperação firmado em 2006.

ANDREA VIALLI, com EFE

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