Nas últimas décadas, graças também ao esforço dos educadores ambientais que atuam nas escolas brasileiras, a sensibilidade para os problemas ambientais e suas causas tem crescido bastante, especialmente entre os mais jovens. Contudo, para enraizar comportamentos e práticas cotidianas efetivas, é necessário envolver também as famílias no desafio de construir um mundo mais responsável e solidário.
O programa educativo Hogares Verdes (casas verdes), promovido pelo governo espanhol, adotou como lema o provérbio chinês “Antes de mudar o mundo, dê três voltas em sua casa” e propõe às famílias espanholas um vasto repertório de possibilidades para incorporar na gestão de seus lares a preocupação com a qualidade ambiental.
A redução da emissão de gases de efeito estufa e do uso doméstico de água foi a meta da primeira edição do programa. Mas talvez, o tópico mais desafiador é o que diz respeito aos hábitos de consumo; aqui, recomendam-se ações que, embora aparentemente singelas, visam a mudanças duradouras na esfera dos afetos e desejos dos participantes.
Optar por produtos da agricultura orgânica e do comércio justo, eliminar produtos nocivos ao ambiente e à saúde, bem como aqueles supérfluos, preferir mercadorias produzidas na região e evitar aquelas oferecidas em embalagens exageradas… Com essas recomendações, pretende-se conscientizar as famílias dos efeitos de suas escolhas e ensiná-las a eleger os produtos mais saudáveis e éticos.
Desde sua criação, várias organizações aderiram ao programa, entre centros de educação ambiental, municipalidades e ONGs. Junto dinamizam aproximadamente 1.000 casas que constituem a Rede “Hogares Verdes”. Aos participantes se oferece todo tipo de assistência, em encontros comunitários, oficinas ou via telefone e correio eletrônico.
Os mais curiosos podem visitar o blog mantido pelo Centro Nacional de Educación Ambiental (CENEAM), Neste, além de conhecer as diversas iniciativas até hoje desenvolvidas no âmbito do programa, os navegantes poderão aprender inúmeras soluções para transformar os próprios lares em espaço de aprendizagem e, sobretudo, em “pedra fundamental” de uma sociedade mais sustentável.
Fonte : Sandra Paveti / RNV
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