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Economia Criativa, o que significa isso mesmo?

Entre várias definições possíveis de economia criativa, vou me concentrar em uma que nos ajude a entendê-la e projetá-la para um momento de transição de modelos econômicos industriais para modelos econômicos pós-industriais. Na era industrial tivemos processos econômicos repetitivos baseados na produção, visando eficiência operacional e economia de escala. O objetivo era produzir muito para um mercado de massa.

O modelo, bem sucedido na sua implementação, trouxe uma série de inovações, consolidando uma classe média mundial e o acesso a bens e serviços nunca antes experimentados. Mas o sucesso tende a ignorar as limitações e a natureza tomou para si esse papel, dando sucessivos alertas para o crescimento desmedido.

Não é mais possível crescer da forma como vínhamos crescendo. A economia chamada carbonizada está com os seus dias contados e o limite está posto. Uns podem acreditar mais do que outros, mas agora o que antes era crença se tornou uma agenda científica bastante objetiva.

Nesse contexto, precisamos abrir um novo espaço para o crescimento econômico, formulado em outras bases e, na minha opinião, a nossa grande oportunidade está na Economia Criativa. Ou seja, precisamos re-inventar a forma como trabalhamos e geramos valor econômico e financeiro para o nosso trabalho, e como interagimos com o meio ambiente para geração de riqueza.

Os atos de refletir e criar são uma singularidade do Homem. Lidar com a nossa força subjetiva sempre foi um grande desafio da nossa existência. Abrir mão dessa reflexão e partir direto para a produção nos fez mais instintivos, rápidos, mas mais irresponsáveis e em muitos casos “desumanos”. Por que abandonamos nosso privilégio de reflexão e criação, nos afastando da nossa essência?

Na Economia Criativa cada indivíduo é a sua própria “fábrica”, ele já inicia o processo tendo algo a oferecer – a sua subjetividade, a sua sabedoria, a sua herança cultural, as suas habilidades. A chave aqui já é outra: trabalha-se na abundância e não na escassez. A esse capital intelectual, somam-se os estímulos, a possibilidade de interação em rede, e os produtos e serviços que possam viabilizar a troca de valor econômico/financeiro. É o momento de valorizar as ideias!

Obs.: Em julho, uma parceria entre Santander, Vivo e Rede ItsNoon promoveu a chamada “O que é economia criativa para você?”, uma campanha na qual as pessoas deram suas respostas por meio de vídeos, textos, imagens e áudios. Cadastre-se no site http://itsnoon.net e confira as produções vencedoras.

Reinaldo Pamponet é empreendedor, fundador da ItsNoon.net, market place de economia criativa e da Eletrocooperativa


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