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China divulga suas propostas para a COP17

O governo chinês vai defender na Conferência do Clima de Durban (COP17), que começa no dia 18 de novembro, a implementação do Plano de Ação de Bali e também que todos os países desenvolvidos sejam incluídos no Protocolo de Quioto.

O vice-ministro da Comissão Nacional de Reforma e Desenvolvimento da China, Xie Zhenhua, chamou a proposta de ‘construtiva’ e afirmou que a implementação do Plano de Ação de Bali garantiria a continuidade de Quioto e resolveria este que é um dos maiores impasses nas negociações.

“Esperamos que a conferência de Durban não fique estagnada por causa desta questão”, declarou.

De acordo com o vice-ministro, a proposta está alinhada aos princípios das ‘responsabilidades comuns, porém diferenciadas’ e ‘capacidades respectivas’. Assim, a China espera contar com o apoio dos outros países do BASIC (Brasil, África do Sul e Índia) e do grupo que reúne as nações menos desenvolvidas, o G77.

O Plano de Ação de Bali foi formulado em 2007 e possui uma lista de recomendações como iniciativas de adaptação, transferência de tecnologia e financiamento climático. Não há, entretanto, a obrigação de metas de redução de emissões de gases do efeito estufa.

Emissões per capita

Xie Zhenhua, que está em visita à Inglaterra para fechar acordos de cooperação em energias limpas e ações climáticas, afirmou ainda que a China não vai seguir o caminho dos Estados Unidos no que diz respeito a deixar as emissões per capita subirem sem controle.

“Seria um desastre planetário”, resumiu.

As emissões chinesas cresceram rapidamente nos últimos anos, tendo inclusive ultrapassado às norte-americanas. Porém, com uma população muito maior, o índice per capita ainda está em 6,8 toneladas anuais contra 16,9 toneladas dos EUA.

Segundo Xie, o governo chinês já optou pelo caminho da economia de baixo carbono e vem apresentando avanços significativos.

“Estamos nos esforçando para controlar as emissões e nossa intensidade de carbono vem caindo. Queremos atingir o pico máximo de emissões em breve e a partir de então começar a reduzir”, explicou.

Apesar dessas afirmações, um estudo recente realizado pela Agência Holandesa de Avaliação Ambiental e pelo Centro Comum de Investigação da União Europeia (JRC) demonstrou que as emissões per capita da China já são maiores que as de países como a França e Espanha e devem ultrapassar as norte-americanas em 2017.

Fabiano Ávila, do Instituto CarbonoBrasil



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