
“O mundo reconhece a importância do crescente engajamento da Angola em prol da estabilidade política no contexto africano. Aos povos em guerra, este país é exemplo de como é possível construir a paz, de levar adiante a reconstrução nacional no pleno gozo das liberdades democráticas. O Renascimento Angolano é um paradigma para as nações do continente que buscam desenvolvimento econômico e social com estabilidade política”, disse Dilma.
Em seu último dia de viagem à África – após passar também pela África do Sul e Moçambique -, a presidenta defendeu a participação dos países em desenvolvimento nos organismos multilaterais, como o Fundo Monetário Internacional (FMI), o Banco Mundial e o Conselho de Segurança das Nações Unidas. De acordo com Dilma, a concentração de poder nos órgãos multilaterais está ultrapassada e representa uma ordem internacional que não existe mais.
“Ela não reflete a realidade e a força emergente dos países em desenvolvimento; não reflete continentes inteiros, como é o caso da América Latina e da África”, disse a presidenta em Luanda.
Dilma também destacou como positiva a participação das mulheres angolanas no Parlamento, onde representam 39% da Casa, e no Executivo. Ela falou sobre a forte cooperação entre os dois países e lembrou que, desde o ano 2000, centenas de estudantes angolanos forma admitidos em cursos de graduação e pós-graduação no Brasil.
Companhias brasileiras estão estabelecidas em Angola, e Dilma disse que elas devem seguir princípios como privilegiar parcerias com empresas angolanas e contratar trabalhadores e dirigentes do país. “Porque é isso que gostamos que façam no nosso País”, explicou.
Os angolanos são atualmente os principais beneficiários das linhas de crédito do Fundo de Garantia de Exportações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). De 2002 a 2008, o comércio bilateral cresceu mais de 20 vezes, atingindo US$ 4,21 bilhões. Em 2010, chegou a US$ 1,441 bilhão. Os maiores investimentos brasileiros em Angola se concentram nas áreas de construção civil, energia e exploração mineral.
Antes da sessão solene na Assembleia Nacional de Angola, a presidenta prestou homenagem ao primeiro presidente de Angola, Antonio Agostinho Neto, no Largo da Independência. O Brasil foi o primeiro país a reconhecer o governo independente de Angola em novembro de 1975. Mesmo no período mais agudo da Guerra Fria, de forte polarização entre os Estados Unidos e a União Soviética, o Brasil manteve seu apoio ao governo angolano.
Fonte :Portal Brasil _ brasil.gov.br
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