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Austrália e Nova Zelândia pretendem conectar mercados de carbono em 2015

Austrália e Nova Zelândia disseram na segunda-feira que podem conectar seus esquemas de comércio de carbono já em 2015, imediatamente após o governo australiano passar de um preço fixo sobre as emissões para o segundo maior esquema de mercado de carbono do mundo.

Em paralelo a conferencia do clima que acontece na África do Sul, o ministro australiano para mudanças climáticas Greg Combet e seu equivalente neozelandês, Tim Groser, disseram que ambos países pretendem conectar os esquemas de comércio de emissões o mais breve possível.

“Os mercados são uma forma de cortar nossas emissões com o menor custo. É por isso que a Austrália está trabalhando com a Nova Zelândia para desenvolve-los domesticamente e internacionalmente”, disseram os ministros em uma declaração conjunta.

O parlamento australiano aprovou no mês passado a legislação que estabelece o esquema mais abrangente de precificação do carbono fora da Europa, exigindo que 500 empresas paguem uma taxa de A$ 23 por tonelada de carbono emitida a partir de julho do ano que vem, passando a um esquema de mercado em 2015.

O vizinho neozelandês iniciou seu esquema de comércio de emissões em julho do ano passado, focando primeiramente nos setores florestal, eletricidade, industrial e transportes para o corte entre 10% e 20% nas emissões de gases do efeito estufa até 2020 (em relação aos níveis de 1990).

Groser e Combet disseram que as discussões entre oficiais de ambos países já identificaram algumas áreas com potencial para vinculação e concluíram que julho de 2015 seria uma provável data de início ao passo que a Austrália faz a transição para um mecanismo de preços flexíveis.

A oposição conservadora australiana prometeu acabar com o esquema se ganhar as eleições de 2013, apesar de constitucionalistas terem alertado que isto não será uma tarefa fácil, podendo custar bilhões de dólares em compensações para empresas.

A integração rápida com esquemas de outros países pode tornar o retrocesso ainda mais complicado.

Combet também conversou com a comissária europeia do clima Connie Hedegaard para avaliar como a Austrália e a União Europeia podem integrar seus mercados de carbono.

“Estamos ansiosos para trabalhar com a Austrália em ações internacionais para desenvolver os mercados de carbono e explorar oportunidades de conexão dos esquemas de comércio de emissões”, comentou Hedegaard.

Tanto Combet quanto ela concordaram em compartilhar informações sobre ações domésticas voltadas às mudanças do clima visando acelerar o desenvolvimento de um mercado de carbono internacional abrangente.

Fonte: Instituto Carbono Brasil

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