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Amazônia pode aumentar em seis vezes a produção de pescado

A ministra Ideli Salvatti diz ser incompreensível a aquicultura não ser a locomotiva da economia da região

Em cinco anos, a Amazônia pode multiplicar por seis aprodução nacional de pescado. A afirmação foi feita nesta terça-feira (24/05) pela ministra da Pesca, Ideli Salvatti, em audiência na Comissão da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional. A ministra expôs as propostas de investimentos nas áreas da pesca e aquicultura na Amazônia Legal.

Segundo informou Ideli, a Amazônia tem potencial para fazer a produção nacional de pescado saltar dos atuais 1,5 milhão para 7,5 milhões de toneladas por ano, isso já em 2016. Ela destacou que a região tem 5% da superfície terrestre do planeta; 33% da área de floresta tropical; e 8,5% de toda a água doce do mundo. “A China, com 7% da água doce, é hoje o maior produtor mundial de pescado, com 60 milhões de toneladas/ano”, comparou a ministra.

O Brasil está apenas em 21° lugar nesse ranking, atrás de países bem menores, como Vietnã, Malásia, Filipinas, Islândia, Peru e Chile. A Amazônia, lembrou Ideli, tem como trunfos uma população com a cultura da pesca, clima propício e a maior biodiversidade do planeta. “É incompreensível a aquicultura ainda não ser a locomotiva da economia amazônica”, acrescentou a ministra.

A vantagem da produção de pescado em comparação com a pecuária bovina, segundo a ministra, é incontestável. Ela informou que, em média, um boi demora três anos para produzir 200 quilos de carne em um hectare da região. A criação de tambaqui em tanque escavado, na propriedade rural, pode gerar quatro toneladas por ano (12 toneladas em três anos) no mesmo hectare. Nos reservatórios de água, como os das barragens hidrelétricas, essa produção pode chegar a mais de 70 toneladas por ano.

Cadeia produtiva

Para garantir a expansão do pescado na Amazônia, explicou a ministra, será preciso montar a infraestrutura adequada ao bom funcionamento das cadeias produtivas, o que inclui pesquisas de alimentação, ração, reprodução, melhoramento genético, manejo, vacinação, instalação de frigoríficos, fábricas de gelo, produção de ração, renovação da frota de barcos artesanais, garantia de fornecimento de alevinos, entre outras providências.

Fonte : Agencia Câmara/ GLOBO RURAL


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