
Os países do continente africano e outros do terceiro mundo precisam de tecnologias que traduzam benefícios para o ambiente e não aquelas que criam outros problemas a este, defendeu hoje, segunda-feira, em Harare (Zimbabwe), o ministro do Ambiente e dos Recursos Naturais deste país, Hon Francis Nhema.
O ministro do Ambiente e dos Recursos Naturais do Zimbabwe, que proferiu a abertura da 15ª Reunião dos Pontos Focais da Convenção de Viena e Protocolo de Montreal, referiu que a transferência de tecnologias são bem vindas, mas devem ser feitas de acordo a realidade de cada região, sem criar transtornos ambientais.
Prioridades em torno das questões relacionadas com a destruição das substâncias que empobrecem a camada do ozono (OSD), o papel do Protocolo de Montreal na mitigação das mudanças climáticas e problemas financeiros, são entre outras acções que, para o governante devem ser tomadas em conta, no quadro dos planos estratégicos adoptados para o continente.
“Como países em desenvolvimento em África, estamos a encarar muitos desafios que não podem ser resolvidos de forma isolada, porque os problemas são similares e transbordam as nossas fronteiras”, sublinhou Hon Francis Nhema.
Na presença dos oficiais do Programa das Nações Unidas para o Ambiente (UNEP) e dos Pontos Focais idos de 55 países africanos, o governante reconheceu os esforços que estão a ser empreendidos pelos governos africanos e do apoio internacional, no que refere a mitigação das substâncias que empobrecem a camada do ozono.
O Governo de Zimbabwe, seguiu, comprometeu-se eliminar na totalidade as substâncias que empobrecem a camada do ozono.
Para o ministro, o facto deste país ser o primeiro a ratificar a Convenção de Viena e o Protocolo de Montreal, em 1992, representa evidências deste comprometimento.
Em 1994, este país, ratificou de igual modo as emendas de Copenhaga e de Londres.
Neste país, como outros, as substâncias que empobrecem a camada do ozono, como brometo de metilo e hidroclorofluorcarbonos (HCFCs), são na sua maioria utilizados na agricultura, no sector de refrigeração e ar condicionado.
No quadro das estratégias de eliminação desses produtos, solicitou maior apoio do Programa das Nações Unidas para o Ambiente (UNEP), do secretariado do Ozono e do Fundo Multilateral e outros, para que se atinjam as metas de eliminação das substências que degradam a camada do ozono, com vista ao bem-estar das populações.
Assim, pediu de igual modo uma maior cooperação entre os países africanos, tendo em conta os desafios ambientais actuais.
Neste evento, com a duração de cinco dias, a UNEP convidou de igual modo os jornalistas de vários países africanos, com vista a reforçarem os seus conhecimentos e contribuírem para uma maior sensibilização da população ao nível das regiões, no que concerne as questões climáticas e não só.
Fonte : Harare _ ANGOLA PRESS
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