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Unesco reconhece 17 patrimônios no Brasil.

 

A lista, espécie de selo de qualidade, inclui cidades, sítios arqueológicos e reservas naturais de Norte a Sul do País.

 

Poucas cidades no mundo podem ser comparadas a Brasília em termos de design arrojado e de inovação. Também inimitáveis são as relíquias arquitetônicas das históricas Ouro Preto, Diamantina e São Luís. Cataratas do Iguaçu, Fernando de Noronha, Amazônia: quem pode competir? Graças às belezas naturais e culturais únicas, esses sítios são mais do que destinos turísticos imperdíveis. Eles estão na lista de Patrimônios da Humanidade.

Receber o título da Unesco é um reconhecimento importante, mas também um desafio. O destino ganha projeção internacional e, com isso, aumentam as perspectivas de receber turistas do mundo todo. Por outro lado, como o patrimônio é referência da identidade cultural de um país e tem valor inestimável para toda humanidade, precisa ser respeitado e preservado. E isso é dever do país.

”Um dos principais requisitos para a inclusão de um sítio na lista é a capacidade que o país tem de conservá-lo”, explica a coordenadora de Cultura da Unesco no Brasil, Jurema Machado. ”Plano diretor e infra-estrutura adequada, por exemplo, são fundamentais.”

Praça Tiradentes, Ouro PretoO Brasil tem 17 Patrimônios Mundiais – divididos nas categorias cultural e natural – e outros três destinos candidatos ao título: a Praça São Francisco, em São Cristóvão (SE), a Rota do Ouro em Paraty (RJ) e a Paisagem Cultural do Rio (leia mais abaixo). Ao todo, existem 851 Patrimônios da Humanidade espalhados pelo mundo. Itália, Espanha e França lideram o ranking com 40, 39 e 29 sítios, respectivamente.

PROCESSO

Cada país é responsável por indicar a candidatura de seus bens culturais e naturais à lista da Unesco. Para isso, deve elaborar um dossiê completo capaz de convencer o Comitê do Patrimônio Mundial, formado por membros de 21 países, inclusive o Brasil, de que se trata de um lugar com valor excepcional universal.

No Brasil, é o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) que primeiro avalia o dossiê. Depois de aprovado, o documento segue para o Ministério das Relações Exteriores, que, por sua vez, encaminha à Unesco. ”As informações são avaliadas por comissões técnicas da Unesco, que visitam o local, e a aprovação final é feita anualmente pelo Comitê do Patrimônio Mundial”, explica Thays Pessotto Zugliani, servidora do Iphan e representante brasileira nesse comitê.

A conservação dos bens declarados também é compromisso de cada país. A Unesco apóia ações de proteção e pesquisa com recursos técnicos e financeiros do Fundo do Patrimônio Mundial e monitora periodicamente os patrimônios. Se o sítio se degradar ao longo do tempo ou algum novo projeto desqualificar as características originais, ele será incluído na lista de Patrimônio Mundial em Perigo e até pode deixar de ser um Patrimônio da Humanidade. ”Mas essa é uma decisão extrema”, avalia Thays.

Ouro Preto, Brasília e Foz do Iguaçu já passaram pela lista dos patrimônios em perigo por causa de problemas estruturais como ocupações irregulares e falta de plano de manejo. Hoje, dos sítios mais conhecidos em perigo estão as Ilhas Galápagos, no Equador, a cidadela de barro de Chan Chan, no norte do Peru, e a cidade antiga de Jerusalém.

Fernando de NoronhaMas o caso mais polêmico atualmente fica com a alemã Dresden. A prefeitura não abre mão de construir uma ponte para aliviar o trânsito local. Especialistas da Unesco garantem que a obra causará impacto na paisagem histórica e cultural do Vale do Rio Elba. Na próxima reunião do Comitê do Patrimônio Mundial, em julho, o local deve perder o status de Patrimônio da Humanidade.

CIRCUITO

Os patrimônios brasileiros também estão, claro, na mira da Embratur. Em parceria com a Unesco, a entidade criou o sitewww.braziltour.com/heritage, em cinco idiomas. A página traz informações e imagens de todas as relíquias brasileiras reconhecidas pela Unesco.

A presidente da Embratur, Jeanine Pires, acredita que esses destinos têm tudo para trazer mais turistas interessados na cultura e nas belezas naturais do País. ”Depois dos destinos de sol e praia, são os culturais que mais motivam viagens mundo afora”, comenta. ”E ter o título da Unesco é como ter um selo de qualidade.”

Os Patrimônios da Humanidade no Brasil rendem um belo roteiro turístico, do coração da Amazônia às ruínas das missões jesuíticas no Rio Grande do Sul. O Viagem & Aventura convida, nesta e nas próximas páginas, a uma jornada para desvendar, em detalhes, o legado dessa rica história.

Brasília

 

Fonte: Estadao.com


 


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