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A preservação do Planeta

Edison Santos

O uso indiscriminado do plástico espalhou-se pelo planeta, desde que, em 1862, Alexander Parkes inventou este material sintético que reduziu os custos da indústria e do comércio e contribuiu sobremaneira para o ímpeto consumista da civilização moderna.

A partir de então, o produtor e consumidor passaram a ser colaboradores de um desastre ambiental de grandes proporções, causado pelo descarte indiscriminado de plásticos nos ecossistemas.

As sacolas e sacos plásticos, amplamente utilizados como embalagens e, posteriormente, para acondicionar o lixo das residências, são feitos de resina sintética originada do petróleo, composta por cadeias moleculares inquebráveis, não sendo, portanto, biodegradáveis, o que as faz demorar séculos para decomporem-se na natureza.

Aproximadamente 56% dos lixos plásticos são compostos por embalagens usadas uma só vez, sendo ¾ disso provenientes do uso doméstico e cerca de 90% vira lixo até 6 meses após a compra.

Estima-se que o Brasil produza cerca de 210 mil t/ano de plástico-filme, principalmente para a fabricação de sacolas de supermercado. E cada família brasileira utiliza aproximadamente 40 kg/ano de plástico.

E a agressão ao meio ambiente proporcionada pelo descarte inadequado dos sacos plásticos pode ser medida ao nos depararmos com dados alarmantes como os que dão conta de que 89% das cidades brasileiras não possuem aterros sanitários adequados; 20.000 toneladas de lixo domiciliar não são coletadas no Brasil, dispersando-se nas ruas e assoreando os rios, levados pelo vento e pela chuva; mais da metade das cidades brasileiras mantém seus resíduos em lixões a céu aberto.

Felizmente, há poucos anos, foi desenvolvida na Inglaterra uma nova tecnologia baseada na utilização de um aditivo chamado D2W, e no Canadá, chamado de TDPA – plástico totalmente degradável. Aditivos estes que, usados no processo produtivo, acelera a decomposição do saco plástico, porém mantendo, durante sua vida útil, todas as características do plástico tradicional tais como: resistência, selagem, permeabilidade, impressão etc.

Em Petrópolis, os empresários locais passaram a adotar essa nova tecnologia, uma vez que se instalou, na cidade da região serrana do Estado do Rio de Janeiro, uma fábrica capacitada a produzir o plástico oxi-biodegradável. Hoje, empresários de outros Estados começam a se interessar pelas sacolas oxi-biodegradáveis após entrarem em contado com o projeto de Petrópolis. Se a experiência de Petrópolis mostra que é possível a entrada de micro e pequenos empresários nos trilhos da responsabilidade ambiental, passa a ser inaceitável que as grandes redes de comércio não o façam.

Como podemos verificar, há já, no Brasil, um ambiente industrial e comercial extremamente favorável à adoção do plástico oxi-biodegradável em lugar do plástico tradicional.

Com base nesses dados e com a consciência de que cada um de nós deve fazer a sua parte para a preservação do planeta, apresentei no dia 4 de julho o projeto de lei 1494/2007, que obriga o acondicionamento de qualquer material de uso doméstico, comercial, industrial, administrativo ou hospitalar, em recipientes confeccionados com material o
xi-biodegradável. Espero que a sociedade brasileira tenha plena consciência da importância deste PL para o país, principalmente porque vivemos em uma época em que preservar o meio ambiente significa preservar o futuro da nação.

Fonte: Portal em Foco


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