Foto: Pantanal
As florestas representam 31% da cobertura terrestre do planeta, abrigando 300 milhões de pessoas de todo o mundo e garantindo a sobrevivência de 1,6 bilhões de seres humanos, segundo dados do Pnuma – Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente. O Pnuma afirma ainda que as florestas movimentam um total de $ 327 bilhões todos os anos. Infelizmente, a derrubada das matas está inserida dentro deste contexto sendo uma das práticas mais comum no mundo inteiro. O objetivo deste desmatamento desenfreado é a exploração dos recursos naturais necessários ao homem.
A falta de um gerenciamento ambiental adequado também contribuiu para este descontrole e os impactos já estão sendo observados. Quando uma floresta deixa de existir, perdemos fauna, flora e isso pode provocar o desequilíbrio da cadeia alimentar. Com as espécies carnívoras diminuindo, cresce o número de herbívoros, que podem vir a extinguir mais tipos de vegetais.
A perda da cobertura vegetal causa a degradação do solo e, consequentemente, a desertificação. A destruição das florestas afeta, também, o clima, já que elas têm importante papel na manutenção da temperatura, nos ventos e no ciclo das chuvas. Portanto, podemos afirmar que a diminuição das florestas pode contribuir com o aquecimento global. Para se ter uma ideia da gravidade, o desmatamento nos trópicos é responsável por cerca de 20% das emissões mundiais de gases de efeito estufa. “A cada minuto desaparece uma área de selva virgem equivalente a cinquenta campos de futebol”, informou o biólogo americano William Laurance, pesquisador do Smithsonian Tropical Research Institute, um dos centros de pesquisa da Smithsonian Institution dos Estados Unidos e do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), em Manaus.
Entre agosto de 2010 e abril deste ano, o desmatamento na Amazônia Legal cresceu 26% em relação ao mesmo período de 2009 e 2010. Dos nove estados que compõem a região, cinco foram responsáveis por mais de 95% do aumento: Mato Grosso, Pará, Roraima, Amazonas e Maranhão. O maior crescimento foi em Mato Grosso: 47%. Só entre março e abril, por exemplo, o desmatamento pulou de 75 quilômetros quadrados para 408 quilômetros quadrados, uma área maior do que a cidade de Guarulhos, em São Paulo.
A Mata Atlântica, por exemplo, foi desmatada desde o início da colonização com a plantação de cana de açúcar e de café e depois com a ocupação de vilas e cidades. Hoje, o que restou da mata corresponde a menos de 4% do seu estado original.
Dados assustadores que fez a ONU – Organização das Nações Unidas – declarar que 2011 será, oficialmente, o Ano Internacional das Florestas. O objetivo desta ação foi sensibilizar a sociedade para a importância da preservação das florestas para a garantia da vida no planeta. A ideia é promover ações que incentivem a conservação e a gestão sustentável de todos os tipos de floresta do planeta, mostrando a todos que a exploração das matas sem um manejo sustentável pode causar uma série de prejuízos para o planeta e para o dia a dia de cada um de nós.
Fonte : Rede Ambiente
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