Ao participar de reunião na sede da Agência Nacional de Águas – ANA, em Brasília, o presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, Anivaldo Miranda, protestou em relação à anunciada redução nas vazões dos reservatórios do Rio São Francisco (Sobradinho e Xingó), por acreditar que “mais uma vez, a situação nos é apresentada como fato consumado, sem maiores discussões e sem que houvesse tempo para o entendimento e a preparação necessária por parte dos diversos atores da bacia”.
“Há 12 anos a situação é apresentada como emergencial. Emergencial que é recorrente deixa de ser emergencial”, disse Anivaldo Miranda. O objetivo do encontro foi discutir sobre a anunciada redução de vazão dos reservatórios do Rio São Francisco, numa decisão do setor elétrico, representado pelo Ministério das Minas e Energia, a Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, e o Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS, que é o órgão responsável pela coordenação e controle da operação da geração e transmissão de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional.
Em tese, a recomendação da ONS é pela redução imediata das vazões, que passariam de 1.300m3/seg para 1.100m3/seg, como forma de preservar as águas dos reservatórios e, assim, não comprometer o futuro fornecimento de energia elétrica para a região. O presidente do CBHSF questionou também o fato de o comunicado sobre a necessidade de redução das vazões ter sido feito às pressas, sem deixar tempo para que organismos representativos da sociedade civil, como é o caso do CBHSF, se articulassem e estudassem tecnicamente o caso. O presidente da ONS, Hermes Chipp, manifestou sua disposição “em encarar todos os problemas de frente, avaliando as consequências, vendo quem arca com isso ou com aquilo. O que não podemos é não enfrentar o problema”.
Fonte: Gazzeta do São Francisco
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