O arquiteto espanhol Santiago Calatrava afirmou nesta quarta-feira que o Museu do Amanhã, que será construído no Píer Mauá, na zona portuária do Rio de Janeiro, pretende dar uma ”lição de sustentabilidade” e ser um exemplo de um urbanismo de ”melhor qualidade”.
”Queremos que o museu se transforme em um verdadeiro passeio arquitetônico. Nossa meta é poder fazer com que uma visita ao redor do museu seja uma lição de sustentabilidade, de botânica, de relação com o entorno e do que significa energia solar”, explicou Calatrava ao apresentar o projeto detalhado do museu.
Calatrava ressaltou a ”importância urbana” deste edifício que, segundo ele, não só viverá dos aspectos do museu, mas de sua capacidade de transformar a degradada zona portuária em um dos locais ”mais belos” da cidade.
O Museu do Amanhã é o grande eixo da revitalização do centro do Rio, que também inclui a demolição do elevado Perimetral, que ”estava partindo a cidade” – nas palavras do arquiteto espanhol.
O projeto, apresentado em 2010 e que deverá ser inaugurado em maio de 2014, apresenta um edifício de dois andares, que segue a planta retangular do píer onde será construído. Segundo Calatrava, o edifício terá formas singelas e arquetípicas, já que seu desenho possui o objetivo de ”dialogar” com a cidade.
O museu estará dedicado em parte à sustentabilidade e, por isso, deverá ser construído com aproveitamento de materiais reciclados. O edifício também aproveitará a energia solar com painéis móveis e filtrará água da baía de Guanabara para ser usada em seu sistema de refrigeração e nas piscinas da base do edifício.
O responsável pelo desenho das exposições, Andrés Clerici, explicou que o Museu do Amanhã será uma instituição dedicada à ciência, embora apresente ferramentas das artes e da poesia. Neste aspecto, a ideia é propiciar uma reflexão sobre o estilo de vida contemporâneo e as ameaças ao equilíbrio do meio ambiente.
Além do conceito em sua construção, o museu também se preocupará em apresentar uma ”visão humanista” do futuro mais imediato através de inúmeras atividades interativas e audiovisuais, que, por sua vez, vão expor diversas tendências que serão enfrentadas pela humanidade devido à mudança climática, o aumento da população e as inovações tecnológicas.
O projeto exigirá investimentos de R$ 215 milhões e será custeado com investimentos privados, segundo a Prefeitura.
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, disse que o museu se transformará em um ”ícone” da cidade, algo similar ao estádio do Maracanã, o Cristo Redentor e o Pão de Açúcar.
Fonte: Exame.com
Deixe um comentário