A pulverização aéreafaz com que 19% dos venenos agrícolas lançados sobre as plantações
cheguem às áreas vizinhas. A dispersão das substâncias no ar foi medida pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Estudos comprovaram que, do total de produtos químicos utilizados, 32% fica retido nas plantas e 49% no solo.
Em Audiência Pública sobre o tema, realizada na última semana, na Câmara dos Deputados, diversos relatos sinalizaram que o Estado brasileiro tem pouco controle sobre a atividade. Além disso, a estrutura de fiscalização é precária e a legislação específica para o setor é considerada frágil.
O Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag) estima que a pulverização aérea seja utilizada em 15% da área cultivada do país, sendo mais comum nas culturas de soja, algodão e arroz.
Existem 350 empresas de aviação agrícola e 130 produtores rurais proprietários de aeronaves registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). O órgão conta com apenas 70 fiscais para cobrir todo o território nacional.
A legislação proíbe pulverizações a menos de 250 metros de mananciais e 500 metros de povoados, mas não há nenhum controle ou estimativas oficiais sobre violações das normas.
Fonte : Correio do Brasil
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