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O que o brasileiro pensa sobre sustentabilidade

MEIO AMBIENTE Entre 2009 e 2010, o brasileiro ficou mais preocupado com o meio ambiente e com as escolhas que influenciam o futuro do planeta
O brasileiro leva em conta as iniciativas sustentáveis das empresas antes de fazer compras e está ficando cada vez mais preocupado com problemas ambientais como a quantidade de lixo gerada e o aquecimento global. As conclusões são do estudo Futuros Sustentáveis, realizado pela consultoria Havas e pelo instituto de pesquisas GlobalScan.

Para cientistas sustentabilidade econômica e social são inseparáveis

Entre os nove países pesquisados entre março e abril deste ano, o Brasil ficou em terceiro lugar na lista daqueles onde as pessoas disseram se preocupar “sempre” com as questões ambientais, sociais e éticas na hora de fazer uma compra. Responderam desta forma 16% dos 2,5 mil entrevistados no Brasil, contra 20% dos indianos e 18% dos mexicanos. Na Alemanha e no Reino Unido, os últimos colocados, apenas 3% responderam à questão desta forma.

Os brasileiros também se mostraram mais propensos a premiar uma empresa que se mostra responsável do ponto de vista socioambiental do que a punir outra que não seja. Dos entrevistados, 90% disseram já ter recompensado uma empresa, enquanto 82% disseram já ter punido. Segundo os números dessa pesquisa, essa tendência é verificada em outros países em desenvolvimento, como a China, Índia e México, mas não nos países desenvolvidos pesquisados. Na França, por exemplo, 78% dos entrevistados disseram ter premiados empresas responsáveis enquanto 76% afirmaram ter punido as que não são.

Esse comportamento aparentemente se deve ao espaço que temas ambientais têm na lista de preocupações dos brasileiros. O estudo mostrou que 65% dos entrevistados se dizem “muito preocupados” com a poluição ambiental, terceiro assunto mais citado em uma lista de dez temas, atrás apenas da violência e da educação. Na comparação com a pesquisa anterior – realizada entre dezembro de 2008 e janeiro de 2009 – a preocupação com a poluição cresceu quatro pontos porcentuais, mesma tendência de outros temas semelhantes.

O excesso de lixo gerado, quarto tema mais citado, foi classificado como de “muita preocupação” por 62% dos entrevistados, antes 54% em 2009. O mesmo nível de preocupação foi obtido pelo tema “esgotamento de recursos naturais”, que tinha 58% em 2009 e passou a preocupação com a saúde, que se manteve estável em 59%. Se disseram muito preocupados com o aquecimento global 58% dos entrevistados, ante 49% de 2009. No mesmo período, houve redução das preocupações com pobreza (de 56% para 54%), desemprego (52% para 48%) e a economia (44% para 42%).

A pesquisa também mostra que 91% dos entrevistados acreditam que as grandes empresas devem estar ativamente envolvidas na resolução dos problemas sociais e ambientais do país, enquanto em 2009 os que tinham essa opinião somavam 88%. Para 85%, o apreço por uma companhia aumentaria se ela estivesse ligada a uma entidade de caridade ou ONG e 64% disseram que aceitariam pagar até 10% a mais em um produto fabricado de maneira socioambientalmente responsável.

O estudo deixa claro que, além de investir na própria imagem de responsabilidade social, as empresas devem divulgar seus produtos desta forma. Segundo os entrevistados, o que mais dificulta a compra de produtos sustentáveis é a falta de informação e a dificuldade de descobrir se eles realmente são sustentáveis. A segunda razão mais citada para não comprar os produtos foi o preço – para 52% – e a terceira foi a falta de acesso a esses produtos (37%).

Na lista de companhias mais responsáveis do ponto de vista socioambiental apareceu em primeiro lugar a Natura (27%), seguida por Petrobras (22%), Nestlé (15%), Vale (14%), e os bancos Bradesco e Real (9%).

Fonte: Revista Época


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