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Imagem ilustrativa: Pixabay

Diálogos da Mineração de Urânio e Fosfato debate riscos da exploração mineral para a região norte do Ceará e toda a sociedade brasileira

Evento acontece ao longo de fevereiro e março, às quartas-feiras, através das redes sociais das entidades organizadoras

Por Raquel Maria Rigotto, via Racismo Ambiental

Movimentos sociais, instituições de ensino e pesquisa, associações e entidades do campo popular se reúnem para propor o “Diálogos da Mineração de Urânio e Fosfato”, que inicia suas atividades na próxima quarta-feira (09), e se estende por todo o mês de fevereiro e março de 2022. O evento contará, ao todo, com sete encontros, sempre às quartas-feiras, no horário das 19h30, através das redes sociais das entidades que realizam o evento. Toda a programação é gratuita.

O Diálogos visa abranger uma programação de debates que dialogue sobre os diversos impactos causados a partir da ameaça de exploração de urânio e fosfato, que não são temidos apenas no Estado do Ceará, mas também que já acontecem na Bahia, em Minas Gerais e em outras regiões do país atingidas pelo ciclo da energia nuclear.

Na próxima quarta-feira será iniciada a série de debates com o tema “Povos e Comunidades Tradicionais afetados e a Consulta Livre, Prévia e Informada (Convenção 169 OIT)”, que vai refletir sobre o direito dos povos indígenas, quilombolas, camponeses e tantos outros de serem consultados, de forma livre e informada, antes de serem tomadas decisões que possam afetar seus territórios, direitos e modos de vida.

“Esse é um direito que foi previsto pela primeira vez, em âmbito internacional, em 1989, quando a Organização Internacional do Trabalho (OIT) adotou sua Convenção de número 169. Acreditamos, enquanto movimento social, que esta é uma importante ferramenta política no que diz respeito à defesa dos direitos desses povos, mais especificamente, aqui na América Latina”, argumenta Erivan Silva, da coordenação estadual do Movimento pela Soberania Popular na Mineração (MAM) no Ceará.
Participam do evento Talita Furtado (Tramas/UFC), Estevão Palitot (UFPB), Teka Potyguara (agricultora, ambientalista, liderança indígena) e Aurila Maria Sales (quilombo Nazaré/Itapipoca-CE). A mediação é de Julianne Mello, com os depoimentos de Elvis Aroerê Tabajara (militante do movimento indígena) e Gleidison Karão Jaguaribaras (agricultor, ambientalista e liderança indígena). 

Diversos quilombolas, indígenas, camponeses e comunidades costeiras do Ceará correm riscos de desabastecimento hídrico, de sofrerem danos irreparáveis à saúde e de impactos ambientais e econômicos caso o Consórcio Santa Quitéria, por exemplo, inicie suas atividades. “Nosso objetivo é criar espaços de diálogo entre pesquisadores/as, movimentos e sujeitos dos territórios ameaçados, visando a construção compartilhada de conhecimentos sobre as consequências do projeto e desse modelo de exploração”, afirma a pesquisadora e professora da Universidade Federal do Ceará, Raquel Rigotto.

Ainda no mês de fevereiro serão debatidos temas ligados à radioatividade e seus riscos à saúde e também ao meio ambiente. Já em março, os encontros irão se debruçar sobre as águas, a vida no semiárido e a contaminação radioativa dos territórios, a economia popular, a questão trabalhista e seus riscos iminentes e a exploração de fosfato e a problemática do agronegócio.

A organização do evento é da Articulação Antinuclear do Ceará (AACE), do Sindicato dos Docentes das Universidades Federais do Estado do Ceará (ADUFC, através do GT de Política Agrária, Urbana e Ambiental – PAUA), do grupo Trabalho, Meio Ambiente e Saúde da Universidade Federal do Ceará (TRAMAS/UFC), da Assessoria Jurídica Popular Frei Tito de Alencar (EFTA), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), do Movimento pela Soberania Popular da Mineração (MAM), do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e Cáritas Brasileira – Regional Ceará.

O evento também conta com o apoio da Justiça nos Trilhos, do Comitê em Defesa dos Territórios frente à Mineração, do Greenpeace, da Rede Brasileira de Justiça Ambiental e da Articulação Antinuclear Brasileira.

Serviço
Diálogos da Mineração de Urânio
1° encontro: Quarta-feira (09/02), às 19h30
  Links para assistir:
YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=IXTVecdv_PE
Facebook: https://www.facebook.com/ADUFC

Consulte programação completa nas redes sociais das entidades organizadoras.

Imagem ilustrativa: Pixabay

Fonte: https://racismoambiental.net.br/2022/02/07/dialogos-da-mineracao-de-uranio-e-fosfato-debate-riscos-da-exploracao-mineral-para-a-regiao-norte-do-ceara-e-toda-a-sociedade-brasileira/


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