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desova anual de Epinephelus polyphekadion acontece em julho. É conhecida por reunir até 20 mil peixes, junto com muitos tubarões de recife em busca de uma refeição. — Foto: LAURENT BALLESTA/WPY

Imagem de ‘sexo explosivo’ vence concurso de fotos de vida selvagem

Foto de nuvem de óvulos e espermatozoides enquanto peixes se acasalam no Pacífico, de autoria de Laurent Ballesta, é eleita pelos jurados.


A desova anual de Epinephelus polyphekadion acontece em julho. É conhecida por reunir até 20 mil peixes, junto com muitos tubarões de recife em busca de uma refeição. — Foto: LAURENT BALLESTA/WPY
Desova anual de Epinephelus polyphekadion acontece em julho. É conhecida por reunir até 20 mil peixes, junto com muitos tubarões de recife em busca de uma refeição. — Foto: LAURENT BALLESTA/WPY

Por BBC, extraído do G1

Parece uma explosão subaquática. Vários peixes (Epinephelus polyphekadion) correm para liberar seus espermatozoides enquanto uma fêmea solta uma explosão de óvulos.

Esta imagem tirada no Atol de Fakarava, no Pacífico, rendeu ao francês Laurent Ballesta o título de Fotógrafo de Vida Selvagem do Ano (WPY, na sigla em inglês).

O presidente do júri, Roz Kidman Cox, disse que foi uma façanha técnica.

“É em parte o cenário, (a imagem foi) tirada durante a lua cheia, mas também a escolha do momento, saber quando tirar a foto.”

A desova anual de Epinephelus polyphekadion acontece em julho. É conhecida por reunir até 20 mil peixes, junto com muitos tubarões de recife em busca de uma refeição.

A pesca excessiva ameaça os exemplares desta espécie, mas esta imagem foi capturada em uma reserva que oferece a eles alguma proteção.

“Passamos cinco anos neste lugar, foram 3 mil horas de mergulho, para obter este momento em particular”, conta Laurent.

“Sou atraído por esta imagem por causa da forma da nuvem de óvulos: parece um ponto de interrogação de cabeça para baixo. É uma pergunta sobre o futuro desses óvulos porque apenas um em um milhão irá (sobreviver para) se tornar um adulto, mas talvez seja mais simbólica, a respeito do futuro da natureza. É uma questão muito importante sobre o futuro da natureza. “

Além de levar o prêmio principal do WPY, o fotógrafo francês também foi o vencedor na categoria Subaquática da competição.

Vidyun R Hebbar, de dez anos, da Índia, é o Fotógrafo Júnior de Vida Selvagem do Ano por esta foto de uma aranha — Foto: VIDYUN R HEBBAR/WPY
Vidyun R Hebbar, de dez anos, da Índia, é o Fotógrafo Júnior de Vida Selvagem do Ano por esta foto de uma aranha — Foto: VIDYUN R HEBBAR/WPY

Vidyun R Hebbar, de dez anos, da Índia, é o Fotógrafo Júnior de Vida Selvagem do Ano por esta foto de uma aranha (Cyrtophora citricola) em sua teia. A imagem é chamada Dome Home.

O borrão verde e amarelo ao fundo pertence a um tuk-tuk, aquele táxi de três rodas.

“O foco é precisamente nítido”, diz Roz Kidman Cox à BBC News.

“Você consegue realmente ver as pequenas presas se ampliar a imagem. Eu amo a maneira como foi emoldurada e como você consegue ver toda a textura da teia, sua estrutura entrelaçada.”

Vidyun, por sua vez, lembrou: “Foi um desafio focar a aranha porque a teia tremia toda vez que um veículo passava.

Lançado em 1964, o WPY é organizado pelo Museu de História Natural de Londres, no Reino Unido. O concurso atrai dezenas de milhares de inscrições a cada ano.

A seguir, confira alguns dos vencedores de categorias individuais.

‘Elephant in the room’, de Adam Oswell, Austrália

Foto mostra visitantes de um zoológico na Tailândia observando um jovem elefante se apresentar embaixo d'água — Foto: ADAM OSWELL/WPY
Foto mostra visitantes de um zoológico na Tailândia observando um jovem elefante se apresentar embaixo d’água — Foto: ADAM OSWELL/WPY

Adam Oswell ganhou o prêmio de Fotojornalismo por esta foto, que mostra visitantes de um zoológico na Tailândia observando um jovem elefante se apresentar embaixo d’água. O turismo com elefantes aumentou em toda a Ásia. Na Tailândia, agora há mais elefantes em cativeiro do que na natureza.

‘The healing touch, from Community care’, de Brent Stirton, África do Sul

Sequência de imagens traça o perfil de um centro de reabilitação que cuida de chimpanzés que ficaram órfãos — Foto: BRENT STIRTON/WPY
Sequência de imagens traça o perfil de um centro de reabilitação que cuida de chimpanzés que ficaram órfãos — Foto: BRENT STIRTON/WPY

Brent Stirton foi agraciado com o prêmio de Fotojornalista de História. Sua sequência de imagens traça o perfil de um centro de reabilitação que cuida de chimpanzés que ficaram órfãos por causa do comércio de carne de animais selvagens na África. A diretora do centro é vista apresentando um chimpanzé recém-resgatado a outros sob seus cuidados.

‘Head to head’, de Stefano Unterthiner, Itália

Stefano Unterthiner assistiu a duas renas de Svalbard, no ártico norueguês, brigando pelo controle de um harém — Foto: STEFANO UNTERTHINER/WPY
Stefano Unterthiner assistiu a duas renas de Svalbard, no ártico norueguês, brigando pelo controle de um harém — Foto: STEFANO UNTERTHINER/WPY

O WPY sempre tem ótimas fotos de neve, e esta venceu na categoria Comportamento: Mamíferos. Stefano Unterthiner assistiu a duas renas de Svalbard, no ártico norueguês, brigando pelo controle de um harém. Como espectador, Stefano disse que se sentiu imerso “no cheiro, no barulho, no cansaço e na dor”.

‘Reflection’, de Majed Ali, Kuwait

Foto mostra o gorila Kibande enquanto uma chuva refrescante começa a cair — Foto: MAJED ALI/WPY
Foto mostra o gorila Kibande enquanto uma chuva refrescante começa a cair — Foto: MAJED ALI/WPY

Majed Ali caminhou por quatro horas para encontrar Kibande, um gorila da montanha de quase 40 anos no Parque Nacional Impenetrável de Bwindi, no sudoeste de Uganda. “Quanto mais subíamos, mais quente e úmido ficava”, lembra Majed. Esta foto, que mostra Kibande enquanto uma chuva refrescante começa a cair, venceu na categoria Retratos de Animais.

‘Road to ruin’, de Javier Lafuente, Espanha

A imagem venceu na categoria Pântanos: Panorama Geral. — Foto: JAVIER LAFUENTE/WPY
A imagem venceu na categoria Pântanos: Panorama Geral. — Foto: JAVIER LAFUENTE/WPY

A foto de Javier Lafuente mostra a linha reta de uma estrada cortando as curvas de uma paisagem pantanosa que abriga mais de uma centena de espécies de pássaros, com águias-pesqueiras e abelharucos entre muitos visitantes migratórios. A estrada, construída na década de 1980 para dar acesso a uma praia, divide o pântano em dois. A imagem venceu na categoria Pântanos: Panorama Geral.

‘Spinning the cradle’, de Gil Wizen, Israel/Canadá

Esta aranha dolomedes está produzindo seda por meio de suas fiandeiras para tecer seu saco de ovos — Foto: GIL WIZEN/WPY
Esta aranha dolomedes está produzindo seda por meio de suas fiandeiras para tecer seu saco de ovos — Foto: GIL WIZEN/WPYhttps://tpc.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

Gil Wizen é entomologista e fotógrafo especializado. Esta aranha dolomedes está produzindo seda por meio de suas fiandeiras para tecer seu saco de ovos. Estas aranhas são comuns em pântanos e florestas temperadas do leste da América do Norte. A imagem foi vencedora na categoria Comportamento: Invertebrados.

A exposição anual Wildlife Photographer of the Year do Museu de História Natural de Londres será aberta nesta sexta-feira (15/10).

A mostra vai rodar o Reino Unido na sequência e também será exibida internacionalmente em países como Austrália, Bélgica, Canadá, Dinamarca, Alemanha, Estados Unidos, entre outros.

Fonte: https://g1.globo.com/meio-ambiente/noticia/2021/10/13/imagem-de-sexo-explosivo-vence-concurso-de-fotos-de-vida-selvagem.ghtml


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