Segundo o documento, a área perdida é maior do que todos os corais vivos na Austrália
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2021/3/V/sVArQBQ5esXAu5LQA8QA/2021-10-04t205136z-223819560-rc283q9z5ujb-rtrmadp-3-climate-un-corals.jpg)
Por France Presse, via G1
Um relatório divulgado nesta terça-feira (5) pela organização Global Coral Reef Monitoring Network (GCRMN) aponta que 14% dos corais do mundo desapareceram entre 2009 e 2018 devido à pesca, poluição e às mudanças climáticas.
Para chegar a essa conclusão, foram colhidos dados em 12 mil locais de 73 países. Segundo a organização, esse é “o panorama científico mais preciso feito até hoje sobre os danos causados pelo aumento da temperaturas [nos oceanos]”.
“Os recifes de coral do mundo inteiro sofrem um estresse permanente por conta do aquecimento causado pelas mudanças climáticas e de outras pressões locais, como a pesca predatória, o desenvolvimento costeiro e o declínio da qualidade da água”, explica o relatório.
“Entre 2009 e 2018, o mundo perdeu cerca de 14% dos corais em seus recifes, o que representa cerca de 11.700 km², uma quantidade maior do que todos os corais vivos na Austrália”, destaca o comunicado.
“Embora os recifes cubram menos de 1% do fundo do oceano, eles abrigam pelo menos um quarto do conjunto da fauna e flora marinhas”, acrescenta o texto, o qual destaca que eles representam “um habitat crucial e uma fonte de proteínas e medicamentos” dos quais dependem “pelo menos 1 bilhão de pessoas no planeta.
O estudo de 10 regiões de corais mostra que “os episódios de branqueamento devido ao aumento das temperaturas na superfície marinha têm sido o principal fator de desaparecimento dos corais“, particularmente durante um episódio registrado em 1998.
“As mudanças climáticas são a pior ameaça aos recifes do mundo e temos que fazer tudo que estiver ao nosso alcance, limitando o mais rapidamente possível as emissões globais de gases do efeito estufa”, adverte Paul Hardisty, diretor geral do Instituto Australiano de Ciências Marinhas, citado no relatório.
–
Deixe um comentário