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Pesquisa revela perfil do profissional brasileiro de sustentabilidade

Levantamento da Abraps demonstra diversidade na formação e jovialidade dos profissionais

Eles são profissionais jovens em sua maioria, atuam na área há menos de 15 anos e possuem motivação mais filosófica e idealista. Estamos falando dos profissionais de sustentabilidade que atuam no Brasil, segundo revela a terceira edição da pesquisa “Os Profissionais Pelo Desenvolvimento Sustentável”, desenvolvida pela Associação Brasileira dos Profissionais pelo Desenvolvimento Sustentável (Abraps).

De acordo com a pesquisa, que tem dados de 2017, existe uma diversidade alta na formação dos profissionais, com predominância de áreas mais técnicas. Em média, eles valorizam o senso de realização pessoal e nutrem admiração pelo tema.

A sondagem, que teve 244 respondentes vinculados à Abraps e sua ampla rede de relacionamento, trouxe algumas visões interessantes sobre o grau de maturidade do tema dentro das organizações, os desafios para avançar a agenda de sustentabilidade – especialmente diante de um cenário de crise econômica e mudanças regulatórias -, e a dificuldade de traçar limites claros sobre o que seria um “profissional de sustentabilidade”.

Perfil dos Respondentes:

* Idade média: 40 anos

* 61% mulheres

* 67,2% com alto grau de especialização (Mestrado/PhD/Pós-graduação)

* 49,6% do setor privado, sendo 53% de empresas de pequeno porte com até 50 funcionários e 31% acima de 3.000 funcionários

Formação

A pesquisa confirma o caráter multidisciplinar da sustentabilidade, o que faz perceber um alto grau de diversidade na formação dos profissionais, com predominância das áreas mais técnicas (38%). Há uma concentração em Gestão Ambiental (14%), Engenharia (13%), Administração (12%) e Ciências Biológicas (11%).

Trata-se também de uma profissão “jovem”, pois a maioria das pessoas atua nesse campo há menos de 15 anos (67%), embora haja profissionais maduros, com mais de 15 anos de vivência (17%).

Qualificação

“Com a revisão dos Objetivos do Milênio e promulgação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, somada ao surgimento crescente de negócios baseados na economia circular, na economia de baixo carbono e na economia do compartilhamento, não há dúvidas que esta é uma área que irá demandar cada vez mais profissionais, e que estes estejam cada vez mais qualificados”, destaca Fabiano Rangel, presidente da Abraps.

A faixa salarial predominante (47%) entre todos os setores pesquisados é de nível médio; de R$ 3 mil a 9 mil/mês. Curiosamente, em oposição ao mercado de trabalho como um todo, as mulheres têm remuneração superior aos homens, dado que, segundo a pesquisa, ainda carece de mais investigação.

Entre as atribuições-chave desse profissional estão educar e conscientizar o público interno, reduzir os impactos negativos da operação, prestar contas ao público externo por meio de relatórios (principalmente para acionistas), estimular a participação institucional em fóruns dedicados a avançar a agenda da sustentabilidade no mercado e na sociedade, e, com o maior número de respostas (43%), estabelecer metas e criar indicadores de desempenho específicos.

A estrutura das empresas em números:

* 27% – possuem um Conselho de Administração, responsável pela estratégia geral de sustentabilidade

* 31% – existe uma área de sustentabilidade subordinada ao presidente

* 20% – não existe um Comitê de sustentabilidade ligado ao Conselho

* 16% – não existe uma Comissão Interna de sustentabilidade ligada à diretoria executiva

Fabiano Rangel explica que um dos principais objetivos da Abraps é, justamente, a identificação do papel do profissional, sua contribuição e relevância de sua atuação em diferentes áreas, sempre relacionadas ao desenvolvimento sustentável.

“Uma das ferramentas que adotamos com foco neste objetivo é a realização desta pesquisa, que visa traçar ao longo dos anos o perfil destes profissionais, as tendências de mercado e o espaço de contribuição com as organizações privadas, públicas e acadêmicas”, conclui o presidente da associação

Autor:Murilo Gitel, especial para o Correio Sustentabilidade

Fonte:https://www.correio24horas.com.br/noticia/nid/pesquisa-revela-perfil-do-profissional-brasileiro-de-sustentabilidade/


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