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Relatório sobre crescimento da economia verde divulgado no Fórum Econômico Mundial de Davos (Suíça), mostra que os US$88 bilhões de subsídios para energia renováveis, em 2012, começam a formar tendências e a atrair o outro lado onde US$ 623 bilhões em subsídios foram investidos em combustíveis fósseis. O novo jogo das renováveis está avançando no tabuleiro. A energia limpa, gerada a partir do vento, faz parte dos investimentos na matriz energética considerados básicos para virada rumo à sustentabilidade. Recursos eólicos são inesgotáveis, parques eólicos podem ser construídos rapidamente, são ideais para locais com escassez hídrica porque não precisam de água, ajudam a descarbonizar a economia porque não emitem gases de efeito estufa e ainda geram empregos verdes, estando assim alinhados com os novos marcos regulatórios da sustentabilidade. A China, com crescimento econômico acelerado e alto impacto sobre as mudanças climáticas globais, apontada como a maior poluidora do planeta, dispara em investimentos eólicos com o crescimento explosivo de 80% por ano. Em 2012, os parques eólicos geraram 2% a mais de eletricidade que as usinas nucleares, uma diferença que tende em aumentar muito nos próximos anos. Pesquisadores da Universidade de Harvard estimaram que o potencial de geração eólica da China é 12 vezes maior do que seu consumo total de eletricidade em 2010. Com a velocidade dos avanços tecnológicos, em breve, mini turbinas eólicas estarão nos prédios das cidades como antenas parabólicas de TV, e nas janelas, acendendo luzes das salas e quartos – inovações sustentáveis na indústria da construção civil.Como resposta ao desastre nuclear de Fukushima, no Japão, o governo chinês suspendeu novas aprovações de reatores e impuseram uma reviravolta em favor da energia eólica, como aliás está acontecendo em muitas partes do mundo. Entre 2011 e 2012, novos 19,000 megawatts de capacidade de energia eólica foram ligados à rede, atingindo um total de 75.000 megawatts. Para 2013 são esperados novos 20.000 megawatts. Projeções da Associação da Indústria de Energia Renovável da China indicam que o país alcançará a meta oficial de 100.000 megawatts de energia eólica conectada à rede em 2015 e, com sete mega complexos de 130.000 megawatts, querem alcançar pelo menos 200.000 megawatts em 2020. O mercado de bens e serviços da eficiência energética com crescimento vertiginoso poderá passar de US$ 655 bilhões (mais de 1,3 trilhão de reais) em 2020. Nos EUA a “produtividade energética” passou a ser um novo valor agregado as áreas rurais. Como turbinas eólicas ocupam apenas 1% do solo das fazendas de vento, o mesmo local pode ser usado para lavouras e criação de gado, aumentando a rentabilidade. Os proprietários rurais (donos do vento) que arrendam pontos de suas fazendas para concessionárias visando a implantação de turbinas eólicas recebem, sem investimentos adicionais, entre 3 mil e 10 mil dólares por ano, em royalties, por cada turbina instalada. No Nordeste brasileiro, e especialmente na Bahia – onde a mina de vento esperava há muito ser descoberta e colocada à disposição do desenvolvimento limpo – novas avaliações indicam que a força eólica é o dobro da demonstrada no mapa de vento hoje. Com a velocidade dos avanços tecnológicos, em breve, mini turbinas eólicas estarão nos prédios das cidades como antenas parabólicas de TV, e nas janelas, acendendo luzes das salas e quartos – inovações sustentáveis na indústria da construção civil. O dia 15 de junho foi escolhido pelo Conselho Mundial da Energia Eólica como o “Dia Mundial do Vento”. Exposição sobre novas tecnologias eólicas foram realizadas no Museu de Tecnologia de Berlim e, nos EUA, a etiqueta “New York City Wind-Made” foi lançada para produtos feitos com energia eólica. Comemorando investimentos eólicos na Bahia de cerca de R$6,5 bilhões até 2014, a geração de 5.000 empregos e estimulando a tendência de ter 10% da energia baiana gerada a partir do vento até 2020, a bicentenária Associação Comercial da Bahia, fundada em 1811 – quando noticias e caravelas só chegavam ao Brasil movidas a energia eólica, única disponível na época para a travessia do Atlântico – organiza, em 15 de junho próximo, em parceria com empresas e o governo do Estado, evento reunindo especialistas internacionais na área para lançar uma nova marca: “Bahia Wind-Made”. Quantos produtos e serviços, daqui em diante, poderão portar a etiqueta “Feito-a-Vento na Bahia”? Eduardo Athayde é administrador, pesquisador e diretor do Worldwatch Institute no Brasil - e-mail: eduardo@uma.org.br

Produtos e serviços do vento

Relatório sobre crescimento da economia verde divulgado no Fórum Econômico Mundial de Davos (Suíça), mostra que os US$88 bilhões de subsídios para energia renováveis, em 2012, começam a formar tendências e a atrair o outro lado onde US$ 623 bilhões em subsídios foram investidos em combustíveis fósseis. O novo jogo das renováveis está avançando no tabuleiro.

A energia limpa, gerada a partir do vento, faz parte dos investimentos na matriz energética considerados básicos para virada rumo à sustentabilidade. Recursos eólicos são inesgotáveis, parques eólicos podem ser construídos rapidamente, são ideais para locais com escassez hídrica porque não precisam de água, ajudam a descarbonizar a economia porque não emitem gases de efeito estufa e ainda geram empregos verdes, estando assim alinhados com os novos marcos regulatórios da sustentabilidade.

A China, com crescimento econômico acelerado e alto impacto sobre as mudanças climáticas globais, apontada como a maior poluidora do planeta, dispara em investimentos eólicos com o crescimento explosivo de 80% por ano. Em 2012, os parques eólicos geraram 2% a mais de eletricidade que as usinas nucleares, uma diferença que tende em aumentar muito nos próximos anos. Pesquisadores da Universidade de Harvard estimaram que o potencial de geração eólica da China é 12 vezes maior do que seu consumo total de eletricidade em 2010.

Com a velocidade dos avanços tecnológicos, em breve, mini turbinas eólicas estarão nos prédios das cidades como antenas parabólicas de TV, e nas janelas, acendendo luzes das salas e quartos – inovações sustentáveis na indústria da construção civil.Como resposta ao desastre nuclear de Fukushima, no Japão, o governo chinês suspendeu novas aprovações de reatores e impuseram uma reviravolta em favor da energia eólica, como aliás está acontecendo em muitas partes do mundo. Entre 2011 e 2012, novos 19,000 megawatts de capacidade de energia eólica foram ligados à rede, atingindo um total de 75.000 megawatts. Para 2013 são esperados novos 20.000 megawatts.

Projeções da Associação da Indústria de Energia Renovável da China indicam que o país alcançará a meta oficial de 100.000 megawatts de energia eólica conectada à rede em 2015 e, com sete mega complexos de 130.000 megawatts, querem alcançar pelo menos 200.000 megawatts em 2020.

O mercado de bens e serviços da eficiência energética com crescimento vertiginoso poderá passar de US$ 655 bilhões (mais de 1,3 trilhão de reais) em 2020. Nos EUA a “produtividade energética” passou a ser um novo valor agregado as áreas rurais. Como turbinas eólicas ocupam apenas 1% do solo das fazendas de vento, o mesmo local pode ser usado para lavouras e criação de gado, aumentando a rentabilidade. Os proprietários rurais (donos do vento) que arrendam pontos de suas fazendas para concessionárias visando a implantação de turbinas eólicas recebem, sem investimentos adicionais, entre 3 mil e 10 mil dólares por ano, em royalties, por cada turbina instalada.

No Nordeste brasileiro, e especialmente na Bahia – onde a mina de vento esperava há muito ser descoberta e colocada à disposição do desenvolvimento limpo – novas avaliações indicam que a força eólica é o dobro da demonstrada no mapa de vento hoje. Com a velocidade dos avanços tecnológicos, em breve, mini turbinas eólicas estarão nos prédios das cidades como antenas parabólicas de TV, e nas janelas, acendendo luzes das salas e quartos – inovações sustentáveis na indústria da construção civil.

O dia 15 de junho foi escolhido pelo Conselho Mundial da Energia Eólica como o “Dia Mundial do Vento”. Exposição sobre novas tecnologias eólicas foram realizadas no Museu de Tecnologia de Berlim e, nos EUA, a etiqueta “New York City Wind-Made” foi lançada para produtos feitos com energia eólica.
Comemorando investimentos eólicos na Bahia de cerca de R$6,5 bilhões até 2014, a geração de 5.000 empregos e estimulando a tendência de ter 10% da energia baiana gerada a partir do vento até 2020, a bicentenária Associação Comercial da Bahia, fundada em 1811 – quando noticias e caravelas só chegavam ao Brasil movidas a energia eólica, única disponível na época para a travessia do Atlântico – organiza, em 15 de junho próximo, em parceria com empresas e o governo do Estado, evento reunindo especialistas internacionais na área para lançar uma nova marca: “Bahia Wind-Made”. Quantos produtos e serviços, daqui em diante, poderão portar a etiqueta “Feito-a-Vento na Bahia”?

Eduardo Athayde é administrador, pesquisador e diretor do Worldwatch Institute no Brasil – e-mail: eduardo@uma.org.br

Fonte: Mercado Ético

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