Os paulistanos consideram o trânsito um dos quatro principais problemas da cidade, sendo que oito de cada 10 moradores acima de 16 anos avaliam a situação atual do trânsito na capital paulista como ruim ou péssima. A soma das duas alternativas negativas subiu em 10 pontos porcentuais desde 2008 – de 70% para 80%. Estes e outros dados foram divulgados nesta segunda-feira (17/9), no lançamento da sexta edição da Pesquisa sobre Mobilidade Urbana promovido pela Rede Nossa São Paulo e o Ibope.
Na segunda edição da pesquisa (em 2008), quando a pergunta foi incluída no levantamento, 22% dos entrevistados disseram considerar a situação do trânsito da metrópole “ruim” e 48% responderam que era “péssima”. No novo levantamento, o porcentual de “ruim” alcançou 28% e o de “péssima” chegou a 52%. Apenas 5% consideram a situação atual “boa” ou “muito boa”.
O tempo médio que as pessoas gastam no trânsito em seus deslocamentos diários é de 2 horas e 23 minutos, índice que já foi maior em anos anteriores. Em 2011, quando alcançou o recorde dos levantamentos, o tempo gasto era de 2 horas e 49 minutos.
Para diminuir o problema, os paulistanos apontam como prioridades de investimentos por parte do poder público a construção e ampliação de linhas de metrô e de trem (60% das respostas mencionadas) e de corredores de ônibus (41% das respostas mencionadas). Em relação a esse item da pesquisa, cada pesquisado podia dar mais de uma resposta.
Veja algumas das conclusões da pesquisa:
8 em cada 10 entrevistados acham que o trânsito em São Paulo é ruim ou péssimo
• “Trânsito” está entre as 4 áreas consideradas mais problemáticas na cidade, citado por 1/3 dos entrevistados. Paralelamente, quando são questionados especificamente sobre esta questão, 80% dos moradores da maior cidade da América do Sul consideram a situação do trânsito em São Paulo como ruim ou péssima;
• A análise de respostas sobre o tema “trânsito” e comparando com o tempo médio de deslocamento dos paulistanos confirma a percepção de quanto incômodo é causado por esse mal urbano. Os paulistanos gastam em média cerca de 2 horas e meia nos seus deslocamentos diários, independentemente do meio de transporte utilizado;
• Cerca de 1/3 dos moradores de São Paulo gasta 1 hora e meia ou mais nos seus deslocamentos somente para a sua atividade diária principal (trabalho ou estudo).
Aumenta o sentimento que o transporte coletivo necessita de priorização de investimentos
• Mais de 2 milhões de paulistanos utilizam o carro todos os dias ou quase todos os dias para se locomover, destes, 65% declaram que deixariam de usá-lo se houvesse uma boa alternativa de transporte;
• Esta percepção vem ao encontro da necessidade de investimentos em transporte coletivo, mencionado por 8 em cada 10 entrevistados, nove pontos percentuais acima de 2011, citando a ampliação e modernização das linhas de metrô, trem e ônibus como medida a ser adotada como melhoria da mobilidade urbana;
• Construir e ampliar as linhas de metrô e trem continua sendo a medida mais citada pela população, porém aumentam as citações sobre a ampliação dos corredores de ônibus de 34%, em 2011, para 41%, neste ano.
Faixas de pedestres são mais respeitadas, mas paulistanos exigem investimentos em melhorias
• Indagados sobre o respeito às faixas de pedestres, a população afirma que elas têm sido mais respeitadas pelos motoristas, percepção que sofreu uma melhora significativa em relação a 2011: passou de 26% para 47%;
• Se, por um lado, o respeito às faixas de pedestres pelos motoristas aumenta, por outro, os paulistanos estão mais insatisfeitos com elas;
• A nota atribuída à sinalização de pedestres cai de 4,7 para 2,8;
• O tempo de travessia de pedestres cai de 4,6 para 4,0;
• Localização das faixas de pedestres recebe nota 4,5;
• A maioria (88%) aprova a aplicação de multas para veículos que param em cima da faixa de pedestres, ação punitiva no sentido de melhorar a fluidez. Já a aplicação de multas em pedestres não tem a mesma percepção dos entrevistados: somente 34% são favoráveis.
Caminhões são os vilões da poluição do ar e carros são apontados mais firmemente como agentes poluidores, afirmam paulistanos
• A poluição do ar é citada como o mais grave entre os diferentes tipos de poluição por sete em cada dez dos entrevistados, sendo que para a maior parte dos paulistanos é um problema grave ou muito grave (78%);
• Apontado como os principais responsáveis pela poluição do ar em São Paulo, os “caminhões” são citados por praticamente metade dos entrevistados (44%). “Veículos velhos em geral”, são citados por 34%;
• Carros são mais considerados como agentes poluidores em 2012 do que nos anos anteriores. Esta percepção cresceu 10 pontos percentuais em relação a 2011(de 18% para 28%).
Veja a apresentação resumida da pesquisa.
Confira a apresentação completa da pesquisa.
Fonte: Akatu
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