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Poupança da natureza

Brasil já tem serviços para quem quer compensar danos causados ao meio ambiente

Rio – O mundo está descobrindo um novo modelo de ‘poupança’: a da natureza. Já é possível plantar árvores sem pegar na enxada ou salvar bacias inteiras de rios sem sair de casa. No Brasil, iniciativas como o Banco Cyan (da água) e o Banco da Árvore ganham cada vez mais destaque para quem está de olho em práticas sustentáveis.

O Banco Cyan (www.bancocyan.com.br) é um sistema de descontos em compras online para quem economizar água. O programa funciona vinculado ao consumo de água de cada imóvel cadastrado. Sempre que a média de gastos diminui ou é mantida, o consumidor ganha pontos que podem ser usados como desconto em sites.

Desde que a iniciativa foi lançada, em março, o ‘banco da água’ já registrou 8,5 milhões de litros economizados.Em São Paulo, 6,2 milhões de imóveis registrados pela Sabesp podem se cadastrar. No Rio, a Cedae ainda não entrou no programa, mas tem o seu próprio sistema para premiar a economia: o bolso. A tarifa regressiva garante descontos generosos.

Menos carbono

Além da escassez de água, outra ameaça que ronda o planeta é o aquecimento global. Mais de 35,5 bilhões de toneladas de dióxido de carbono — principal causador do aquecimento global — são lançadas por ano na atmosfera. Para reduzir emissões, o Protocolo de Quioto criou o mercado de créditos de carbono, que prevê negociação entre países ou empresas que precisam compensar a própria poluição, investindo em projetos sustentáveis.

Negócio de gente grande. Iniciativa parecida chegou agora a pessoas físicas. O Banco da Árvore (www.bancodaarvore.com.br) é a popularização dessa proposta. A diferença é que qualquer um pode fazer parte do projeto, além das empresas.

O Banco da Árvore produz relatório de emissões de carbono a partir do quanto a pessoa consome de energia e combustíveis e de quanto lixo ela gera. Os parâmetros são os mesmos de Quioto. O interessado se cadastra e faz a conta das próprias emissões numa calculadora no site. O banco informa o total de árvores que deverá plantar de acordo com as emissões e cuida de tudo. O plantio é monitorado, e o usuário recebe relatórios e certificado.

Nove árvores para um carro popular

Segundo simulações no site do Banco da Árvore, uma pessoa que tem um carro popular e roda 20 mil km por ano precisaria plantar nove árvores nesse período. Ela emite 1.330 kg de dióxido de carbono e deve ter custo de R$ 144 para plantar essas árvores. Quem faz uma viagem à Disney de avião emite 809 kg de gás. Para neutralizar essa quantidade, precisaria de seis árvores, que custam em torno de R$ 96.

Esses serviços, novos no País, começam a trazer hábitos europeus. Até em companhias aéreas econômicas, passageiros podem optar por pagar taxa opcional de compensação das emissões. Não é raro optarem, por consciência.

Fonte: Luciene Braga

O Dia


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