Já são 140km de encanamento hidráulico subterrâneo cavado em mutirões pelos moradores da Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns, levando água potável para casas, escolas e centros comunitários. Sem poder mais esperar que o Estado resolva o déficit de acesso à água em comunidades rurais da Amazônia, os moradores da Resex estão, de forma participativa, empenhados na busca de soluções coletivas de abastecimento que são de baixo custo, atendam com eficiência a demanda local e possam ser facilmente replicadas nos vilarejos da região.
Ao longo dos últimos 20 anos, com apoio técnico do Projeto Saúde e Alegria (PSA), metade das vilas dessa reserva nacional mapearam as casas de quase 2500 famílias. Como as comunidades são em áreas de difícil acesso e distantes umas das outras, no lugar de partirem para um sistema centralizado de abastecimento, a visão foi descentralizar para tornar a gestão e sustenção comunitária possível. Já são 38 microssistemas independentes e com autogestão, feitos com a participação e controle dos moradores, com total transparência na administração de recursos e na prestação do serviço.
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