Esqueça os gadgets, aparelhos de última geração energeticamente eficientes ou novos modelos de redução de energia. Economizar na eletricidade pode ser bem mais simples do que adotar todas essas medidas – e o melhor, não tem desculpa. Basta, à priori, repensar velhos comportamentos.
Em 2010, os europeus consumiram 13% a mais de energia do que há duas décadas, sendo que 25% da geração energética emitiram gases do efeito estufa.
Esta foi a conclusão do relatório Achieving energy efficiency through behaviour change: what does it take? (em tradução própria, “Alcançar a eficiência energética através da mudança de comportamento: o que é preciso?”), publicado nesta terça-feira, 9 de abril, pela Agência Ambiental Europeia (EEA, na sigla em inglês).
Segundo o levantamento, o compromisso da União Europeia de reduzir em 20% a energia consumida até 2020 pode ser alcançado apenas com a mudança de comportamento da população.
O estudo busca explicitar de que forma as autoridades europeias podem estimular os cidadãos a alterarem o comportamento, desligando as luzes quando não as estiver utilizando, por exemplo. A conclusão destaca quatro medidas que podem ser tomadas:
- Focar nas políticas de eficiência energética em práticas de consumo e como estas influenciam a sociedade, envolvendo uma ampla gama de atores;
- Melhorar o monitoramento do consumo de energia pelos consumidores. Sem uma estrutura adequada de referência, os consumidores não podem saber se o seu consumo é excessivo ou não;
- Conscientizar a população sobre o papel desempenhado pela energia na determinação dos hábitos cotidianos, desde os carros que conduzimos até os dispositivos que compramos;
- Repensar o modelo de negócio para o setor energético, de modo a permitir que o consumidor se engaje ativamente com o mercado de energia, como incentivos financeiros para a redução, por exemplo.
Apesar de indicar caminhos possíveis, o relatório ressalta que nem todos os consumidores vão responder da mesma forma a tais mudanças. Além disso, alerta que há possibilidade de ocorrer um efeito rebote – a economia repentina faria com que as pessoas aumentassem o consumo a longo prazo. Ainda assim, a Agência não acredita que este efeito seria elevado o suficiente para invalidar a política.
Leia o relatório na íntegra (em inglês)
(EcoD)
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