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Mídias sustentáveis: que negócio é esse?

Mídias sustentáveis: que negócio é esse?

Um anúncio para plantar, regar e ver crescer. É assim um banner de musgo usado como suporte para publicidade. O trabalho recebe o nome de mídia sustentável é vem sendo usado pela Zebu Mídias como alternativa para a propaganda. A empresa também usa tintas orgânicas, bambu reciclado, stencil-limpo e papelão. A agência é um exemplo de como causar impacto no público-alvo sem agredir o meio ambiente.

Para anunciar o Festival Brasileiro de Publicidade em 2011, em parceria com a Associação Brasileira de Propaganda (ABP), limpou-se a calçada em frente ao Copacabana Palace, no Rio de Janeiro, usando o stencil-limpo – uma opção de mídia que consiste em informar através da limpeza.

Utilizam-se superfícies sujas para criar desenhos, logos, frases e símbolos através de processos com água ou à seco. Esta é uma alternativa convencional na Europa que a Zebu importou para completar seu quadro de impressões ecológicas. A Agência britânica Curb é um exemplo que o EcoD mostrou em 2009.

A ideia de usar elementos naturais na publicidade já vem sendo desenvolvida na Europa.

Com o Brownie do Luiz, as embalagens e expositores dos brownies usam tinta feita de cacau e os skates da El Phante são impressos com as tintas orgânicas. É assim com os souvenirs produzidos para o cliente Terravixta, e tem sido essas ideias que fortalecem a parceria com a Matéria Brasil.

Como tudo começou

Amon Costa Pinto, Pedro Ivo Costa e Felipe Salvador (que posteriormente saiu, para a entrada de Rafael d’Ávila) eram colegas na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO). Todos estudantes de Design e com uma ideia em comum: sustentabilidade. “Observando nas praias do Rio o quanto se jogava fora de panfletos de papel, fizemos um trabalho com a ideia de usar o coco para um anúncio”, lembra Amon Costa Cerqueira Pinto, hoje diretor da Zebu Mídias.

Segundo a Ambiente Brasil, cerca de 39% do lixo brasileiro é composto de papel e papelão, principais suportes de publicidade. Somente a cidade de São Paulo produz 12 toneladas de lixo, por dia.

A mensagem na casca do coco é queimada com chapa quente, sem uso de tintas.

“Percebemos que poderíamos utilizar o coco como plataforma de comunicação com o intuito de reduzir os resíduos poluentes gerados por publicidade em locais de praia. O coco torna-se uma alternativa eficaz de divulgação sem impactos extras ao meio-ambiente, tendo em vista que eles já seriam consumidos pelos banhistas. Queimando a mensagem, poderíamos imprimir nele uma marca de roupa por exemplo”, lembra Amon. A ideia vem sendo amadurecida em parceria com o Instituto E , que tem como objetivo criar estratégias para tornar o Brasil um país com desenvolvimento sustentável .

De um trabalho de faculdade, em 2010, foi formalizada a microempresa. Amon conta que o faturamento tem sido de R$ 5 mil, por mês, mas em 2013 a meta é chegar aos R$ 70 mil. O próximo passo: “Este ano queremos construir o laboratório de tintas da Zebu, que permitirá uma inserção mais agressiva no mercado. Atualmente só as utilizamos em nossos projetos”, almeja Amon.

Uma das dificuldades encontradas pelos jovens da Zebu é apresentar seus produtos ao mercado, principalmente àqueles que não estão alinhados com os princípios do desenvolvimento sustentável. “É muito difícil provar para um empresário acostumado com outdoors, com panfletos, banners, acreditar que o musgo, por exemplo, vai dar certo, mas a gente acredita no que faz”, pontua o jovem empreendedor.

(EcoD)

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